10 OUT 2024 | ATUALIZADO 18:29
ECONOMIA
Cezar Alves
28/09/2024 08:34
Atualizado
28/09/2024 09:07

Licenciamento e logística travam a indústria do RN, aponta FIERN

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Presidente Roberto Serquiz, em contato com o MOSSORÓ HOJE, explicou que não temos portos, devido ao mar na costa do RN ser raso, não temos rodovias e nem ferrovias. Propõe uma ferrovia partindo de Mossoró e interligando a transnordestina, em Souza/PB. Quanto ao licenciamento, Serquiz observa a necessidade de mudar em três pontos: atualizar a legislação ambiental, é dá a autonomia ao órgão licenciador e decentralizar o licenciamento para os municípios, deixando com o IDEMA apenas os grandes empreendimentos.
Imagem 1 -  Presidente Roberto Serquiz, em contato com o MOSSORÓ HOJE, explicou que não temos portos, devido ao mar na costa do RN ser raso, não temos rodovias e nem ferrovias. Propõe uma ferrovia partindo de Mossoró e interligando a transnordestina, em Souza/PB. Quanto ao licenciamento, Serquiz observa a necessidade de mudar em três pontos: atualizar a legislação ambiental, é dá a autonomia ao órgão licenciador e decentralizar o licenciamento para os municípios, deixando com o IDEMA apenas os grandes empreendimentos.
Presidente Roberto Serquiz, em contato com o MOSSORÓ HOJE, explicou que não temos portos, devido ao mar na costa do RN ser raso, não temos rodovias e nem ferrovias. Propõe uma ferrovia partindo de Mossoró e interligando a transnordestina, em Souza/PB. Quanto ao licenciamento, Serquiz observa a necessidade de mudar em três pontos: atualizar a legislação ambiental, é dá a autonomia ao órgão licenciador e decentralizar o licenciamento para os municípios, deixando com o IDEMA apenas os grandes empreendimentos.
Foto: Pedro Cézar

Roberto Pinto Serquiz Elias, presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), revelou ao MOSSORÓ HOJE os dois principais obstáculos ao crescimento econômico e social do estado: a demora no licenciamento ambiental pelo IDEMA e problemas logísticos.

Graduado em administração e especializado em Gestão Financeira e Estratégia Empresarial, Serquiz destacou o grande déficit de infraestrutura do estado: “Nós não temos porto”, afirmou. Atualmente, 74% da produção do Rio Grande do Norte chega ao mercado consumidor através dos portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco, com apenas uma pequena parte sendo exportada pelo Porto de Natal, o que é motivo de preocupação.

Sobre o Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, Serquiz mencionou que a nova administradora, Zurich Airport, já iniciou diálogos com a FIERN para criar um corredor de exportação e importação pelo aeroporto. Para viabilizar operações de carga aérea, é necessário não apenas potencial de exportação, que já está comprovado, mas também de importação. “Demonstramos que temos esse potencial”, afirmou.

O diálogo com a Zurich Airport avançou através do Observatório Mais RN. Outro modal logístico importante é a ferrovia. Serquiz defende, assim como Jean Paul Prates há mais de uma década, a instalação de ramais ferroviários no estado, especialmente a conexão de Mossoró a Sousa, na Paraíba, como existia antigamente. “Assim, nos conectamos com o ramal que o Ceará já está construindo”, explicou.

Em relação às rodovias, Serquiz enfatizou que o Governo do Estado está restaurando 900 km de estradas, um começo importante. “A infraestrutura onera o setor industrial! É bom que se resolva”, destacou.

Quanto ao licenciamento ambiental, Serquiz afirmou que é necessária uma mudança significativa. A FIERN apresentou recentemente uma minuta de revisão da Lei Ambiental 278/2004 à governadora Fátima Bezerra, destacando a necessidade urgente de atualização. A proposta inclui três pontos principais: alinhamento com um projeto do deputado Luciano Zica (PT/SP) que simplifica a emissão de licenças ambientais, autonomia dos órgãos licenciadores e descentralização do licenciamento ambiental para os municípios. “Se os municípios realizarem os estudos de impacto local, o IDEMA poderá concentrar esforços nos empreendimentos maiores, que trazem arrecadação para o estado”, explicou.

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