Não vai ser fácil convencer a população de Mossoró e cidades vizinhas a se recolher para evitar a propagação em massa do coronavirus. A prova desta realidade que pode ser fatal pode ser observada hoje nos mercados públicos e privados de Mossoró: todos lotados.
O perfil de quem lotou o mercado público do Vuco Vuco, por exemplo, é sua grande maioria, são pessoas que não acreditam que na letalidade do coronavirus. Já quem deixou todos os supermercados superlotados durante este sábado, é o contrário. Estão se prevenindo.
O comércio do Centro de Mossoró abriu normalmente neste sábado, dia 21, quando já deveria ter se conscientizado e buscado evitar gerar aglomerações sem onde for. Grandes redes lojas, como a Riachuelo, por exemplo, já haviam baixado suas portas no dia anterior.
Mas nem todas as grandes redes seguiram o exemplo da Riachuelo na corrida para evitar a propagação em massa do vírus. O Partage Shopping só anunciou que ia baixar as portas, após o decreto do Governo do Estado (Veja o decreto 29.541 na ÍNTEGRA)
O Partage Shopping, divulgou um texto sobre a suspensão temporária das atividades e deixou o endereço do site da instituição para que o cidadão possa se informar a respeito dos serviços que vão continuar sendo prestados através de entregadores.
Veja AQUI.
Empresas de porte nacional, como a A&C briga bravamente para se manter aberta, com quase 4 mil funcionários confinados num espaço pequeno. Este empreendimento recebeu a visita deste sábado de uma equipe da Vigilância Sanitária, que cobrou adequações.
Os pequenos comerciantes, donos de bares e lanchonetes, assim como seus servidores estão em pânico: como vão viver. Em contato com o MOSSORÓ HOJE, a dona de uma pequena lanchonete no Centro de Mossoró cogita em fechar as portas e ficar em casa.
Outra lanchonete, esta de maior porte, que fica perto da Cobal, disse que vai demitir a metade dos servidores, e vai procurar funcionar apenas com entregas ou o cliente buscando os sanduíches no local. Ele também espera o pior nos próximos 2 meses.
No bairro Nova Betânia, vários restaurantes já dispensaram os seus funcionários que são responsáveis pela área de eventos. O Buscapé, por exemplo, estava com uma ótima agenda de eventos para este período e suspendeu, seguindo as orientações sanitárias.
As reclamações de prejuízos incalculáveis e condições de vida difícil, a partir de agora, pode ser ouvido em todos os comércios que o MOSSORÓ HOJE visitou na manhã deste sábado. “Não temos como pagar o salário do servidor e o servidor não tem como sobreviver sem este salário”, diz o empresário Márcio. Não temos como prevê a dimensão econômica”, diz.
Para compreensão da dimensão dos fatos, sugerimos a
“Esta será a maior crise sanitária após a gripe espanhola, que não começou na Espanha e, sim, no Estados Unidos”, diz Miguel Nicoléllis, um dos maiores cientistas do mudo, que compara a situação a uma guerra. Ele está em quarentena, em São Paulo, e conversa com os editores do site Tutameia.
Confira entrevista na ÍNTEGRA.