07 DEZ 2025 | ATUALIZADO 23:51
POLÍCIA
Da redação
21/03/2016 11:19
Atualizado
13/12/2018 21:13

Presos violentados sexualmente por outros na Cadeia Pública de Mossoró

A direção da unidade informou que os dois presos foram obrigados a vestir roupas femininas e desfilarem entre os demais apenados. Eles foram torturados e sofreram abusos sexuais
Arquivo: Josémario Alves

Dois presos foram torturados e sofreram violência sexual por colegas de cela na manhã desta segunda-feira, 21, na Cadeia Pública Manoel Onofre de Souza, em Mossoró. O caso foi registrado em Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia por familiares.

Segundo o diretor da unidade, José Fernandes, durante a manhã, presos procuraram os agentes penitenciários denunciando que foram vítimas de abusos por cerca de seis detentos. O diretor informou que os dois apenados foram obrigados a desfilar na carceragem com roupas femininas.

Além dos abusos sexuais, os presos foram torturados pelos demais detentos. Conforme informou a direção, eles apresentaram vários hematomas pelo corpo.

“Recebemos essa informação pela manhã quando os detentos informaram sobre o caso. Eles disseram que eram seis presos que forçaram eles a vestir calcinhas e, em seguida, praticaram abusos sexuais dentro do banheiro da unidade”, disse José Fernandes.

Os detentos que praticaram o ato foram identificados e encaminhados para a 2ª Delegacia de Polícia para serem interrogados pelo delegado. A direção informou que os dois apenados vítimas dos abusos respondem por crimes de estupro.

Eles serão encaminhados nesta tarde para o Instituto Técnico e Científico de Polícia (ITEP) para realização de exames de corpo de delito.

A reportagem do MOSSORÓ HOJE procurou a Comissão de Diretos Humanos da OAB Mossoró, que informou que retornará o contato assim que analisar o caso.

OAB apura denúncia

A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Subseção de Mossoró, enviou informando que esteve hoje à tarde na Cadeia Pública Juiz Manoel Onofre Lopes, para apurar a denúncia de um suposto estupro contra um interno, que teria ocorrido dentro da unidade prisional.

A OAB informou que não conseguiu inteirar-se sobre o ocorrido, pois as partes haviam sido conduzidas para o Instituto Técnico-Científico de Política (ITEP), para a realização de exames periciais.

Os advogados Rogério Barroso e Gideão Marrocos, presidente e membro da Comissão de Direitos Humanos, voltarão à unidade prisional provisória amanhã (22), às 9h30. “Pretendemos ouvir as partes e apurar o que realmente aconteceu. Só depois disso é que a OAB decidirá qual providência deverá ser adotada”, explicou Rogério, que tomou conhecimento sobre o ocorrido através de um veículo de comunicação local. “Na hora que estivemos lá, não havia como nos inteirarmos e por isso voltaremos amanhã”.

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