17 DEZ 2025 | ATUALIZADO 17:31
POLÍCIA
17/12/2025 15:16
Atualizado
17/12/2025 15:16

Operação apura fraude em licitação milionária em Monte Alegre-RN

A ação investiga fraudes em uma licitação de limpeza pública no município de Monte Alegre, avaliada em cerca de R$ 5,1 milhões. A apuração aponta indícios de direcionamento do certame, uso de documentos falsos, “laranjas” e irregularidades trabalhistas. Durante a operação, foram realizadas buscas e apreensões, com recolhimento de documentos, equipamentos eletrônicos, veículos e R$ 370 mil em espécie, além do bloqueio de R$ 2,5 milhões em bens. A Justiça determinou a suspensão do contrato, o afastamento de dois secretários municipais e dois servidores, e outras medidas cautelares.
A ação investiga fraudes em uma licitação de limpeza pública no município de Monte Alegre, avaliada em cerca de R$ 5,1 milhões. A apuração aponta indícios de direcionamento do certame, uso de documentos falsos, “laranjas” e irregularidades trabalhistas. Durante a operação, foram realizadas buscas e apreensões, com recolhimento de documentos, equipamentos eletrônicos, veículos e R$ 370 mil em espécie, além do bloqueio de R$ 2,5 milhões em bens. A Justiça determinou a suspensão do contrato, o afastamento de dois secretários municipais e dois servidores, e outras medidas cautelares.

A Polícia Civil e o Ministério Público do RN deflagraram, nesta quarta-feira (17), a “Operação Lixeira de Ouro”, com o objetivo de desarticular um esquema criminoso voltado à fraude em procedimento licitatório no município de Monte Alegre, no Agreste potiguar.

A ação foi realizada pelo Departamento de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DECCOR-LD) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do RN (GAECO/MPRN).

A investigação tem como foco o Pregão Eletrônico nº 009/2022, que resultou na contratação de serviços de limpeza pública com valor estimado em aproximadamente R$ 5,1 milhões. As apurações identificaram indícios de direcionamento do certame, frustração da competitividade, falsidade documental, utilização de pessoas interpostas (“laranjas”) e burla à legislação trabalhista, além de possível afronta à jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que veda a contratação de cooperativas para fornecimento de mão de obra sob subordinação direta.

Durante o cumprimento das medidas cautelares autorizadas pelo Poder Judiciário, foram realizadas buscas e apreensões em endereços residenciais e comerciais dos investigados. Na ocasião, foram apreendidos documentos, computadores, mídias, aparelhos celulares, extratos bancários e contratos, além de cinco veículos — sendo dois de luxo e três quadriciclos — e aproximadamente R$ 370 mil em espécie. Também foi determinada a indisponibilidade de bens e o bloqueio judicial de valores no montante aproximado de R$ 2,5 milhões.

Entre as medidas cautelares diversas da prisão, a Justiça determinou a suspensão do contrato vigente firmado entre a Prefeitura de Monte Alegre e a cooperativa investigada, bem como o afastamento da função pública de dois secretários municipais e de dois servidores diretamente envolvidos.

Também foi imposta a proibição de acesso às dependências da Prefeitura por parte dos agentes públicos e privados investigados, além de outras restrições previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal, com o objetivo de preservar a instrução criminal, impedir a reiteração delitiva e evitar a destruição de provas.

O nome da operação, “Lixeira de Ouro”, faz alusão ao objeto do contrato — os serviços de limpeza urbana — e ao vultoso valor envolvido, destacando a utilização de uma pessoa jurídica fictícia como fachada para a formalização de contrato público com aparência de legalidade.

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte reforça seu compromisso com o combate à corrupção e com a defesa do patrimônio público. Informações e denúncias podem ser repassadas, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181.

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