05 DEZ 2025 | ATUALIZADO 23:37
NACIONAL
Andreia Verdélio Publicado em 23/11/2025 - 09:03
23/11/2025 09:29
Atualizado
23/11/2025 09:29

Bolsonaro será submetido a audiência de custódia neste domingo, 24

Condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal da trama golpista, Bolsonaro e os demais réus podem ter as penas executadas nas próximas semanas. Na madrugada deste sábado, 23, a PF foi acionada porque Bolsonaro havia violado a tornozeleira eletrônica usando um ferro de solta. Após confirmado a informação, o STF decidiu por decretar a prisão preventiva e determinar o recolhimento do preso a sede da PF, em Brasília. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasi
Condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal da trama golpista, Bolsonaro e os demais réus podem ter as penas executadas nas próximas semanas. Na madrugada deste sábado, 23, a PF foi acionada porque Bolsonaro havia violado a tornozeleira eletrônica usando um ferro de solta. Após confirmado a informação, o STF decidiu por decretar a prisão preventiva e determinar o recolhimento do preso a sede da PF, em Brasília. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasi
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasi

O ex-presidente Jair Bolsonaro passará por audiência de custódia, ao meio-dia deste domingo (23). Ele foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF), neste sábado (22), após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Veja mais

Manifestantes favoráveis e contrários Bolsonaro fazem atos na sede da PF

Imprensa mundial noticia prisão do ex-presidente Bolsonaro

Moraes rejeita pedido para Bolsonaro ficar preso em casa

Na decisão que prende Bolsonaro preventivamente, o magistrado citou eventual risco de fuga diante do fato de Bolsonaro de ter violado a tornozeleira eletrônica e da vigília convocada pelo seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), nas proximidades da casa onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar.


Jair Bolsonaro foi levado para a Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, de onde participará da audiência por videoconferência. Moraes determinou, ainda, que seja disponibilizado atendimento médico em tempo integral ao ex-presidente e que as visitas deverão ser previamente autorizadas pelo STF, com exceção das dos advogados e da equipe médica que o acompanha.

Nesta sexta-feira (21), o ex-presidente Bolsonaro usou ferro de solda para tentar abrir a tornozeleira eletrônica, o que gerou alerta para a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap), responsável pelo monitoramento do equipamento. O ministro Alexandre de Moraes deu prazo de 24 horas para que a defesa se manifeste sobre a tentativa de violação.

Os advogados vão recorrer da decisão. Segundo eles, a tornozeleira eletrônica só foi colocada para “causar humilhação” ao ex-presidente e que a fuga com o rompimento do equipamento é apenas uma narrativa para justificar a prisão.

Condenação

Condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal da trama golpista, Bolsonaro e os demais réus podem ter as penas executadas nas próximas semanas. Na semana passada, a Primeira Turma da Corte rejeitou os chamados embargos de declaração do ex-presidente e de mais seis acusados para reverter as condenações e evitar a execução das penas em regime fechado.

Neste domingo (23), termina o prazo para a apresentação dos últimos recursos pelas defesas. Se os recursos forem rejeitados, as prisões serão executadas.

A defesa do ex-presidente chegou a pedir, na sexta-feira, a concessão de prisão domiciliar humanitária a Jair Bolsonaro, o que foi rejeitado por Moraes neste sábado. Segundo os advogados, Bolsonaro tem doenças permanentes, que demandam "acompanhamento médico intenso" e, por esse motivo, o ex-presidente deveria continuar em prisão domiciliar.

Bolsonaro estava detido em sua casa, em Brasília, em razão de descumprimento de medidas cautelares já fixadas pelo STF. Elas foram determinadas no inquérito no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, é investigado pela atuação junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo.

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário