Evano Menino de Brito, conhecido como Fusquinha, de 31 anos, que está preso pelo assassinato de Daniel Sousa do Nascimento, no dia 14 de janeiro de 2024, no bairro Ilha de Santa Luzia, senta no banco dos réus nesta quarta-feira, dia 2 de julho de 2025.
Fusquinha foi preso no dia 16 de janeiro de 2024 pela equipe da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa de Mossoró (DHPP), na época comandada pela delega Cristiane Magalhães. Segundo a delegada, Daniel do Nascimento teria sido raptado e espancado até a morte.
O corpo foi encontrado no dia 15 de janeiro numa cova rasa, nas margens do Rio Mossoró e o córrego do Pirrichil. Segundo a denúncia do MPRN, Fusquinha, com ajuda de um menor, raptou Daniel e outro conhecido por Louco, para descobrir quem teria roubado uma bolsa de drogas.
Afastado das casas, numa área de vegetação, Evano e o menor espancaram “Louco” e Daniel e depois botaram os dois para brigarem até a morte. Daniel foi encontrado no dia seguinte numa cova rasa, já o outro conhecido por “Louco”, nunca mais foi visto.
Na Polícia, Evano nega o crime. Teve testemunhas que afirmam ter visto ele com as vítimas e teve testemunhas afirmando que ele estava bebendo num espetinho. Testemunhas e réu serão interrogados nesta quarta-feira, 2, durante o júri no Fórum Municipal.
O julgamento desta quarta-feira, 2, será presidido pela juíza Ana Orgette de Souza Fernandes Vieira. O promotor de Justiça Italo Moreira Martins vai atuar na acusação e na defesa está inscrito o advogado Jerônimo Azevedo Bolão Neto, que deve levar um assistente.
O promotor Italo Moreira Martins, havendo provas consistentes, deve pedir a condenação do réu por rapto, corrupção de menor, ocultação de cadáver e assassinato por meio cruel. Na hipótese de condenação, o réu pode pegar mais de 30 anos de prisão em regime fechado.
Na hipótese do réu Evano manter o que falou na instrução processual, negando o crime, é provável que o advogado de defesa Jerônimo Azevedo Bolão Neto segure a tese de negativa de autoria. Os debates devem começar por volta das 9h30 e terminar após meio-dia.
Quem decide pela condenação ou não do réu, é o Conselho de Sentença, formado por sete pessoas da sociedade mossoroense, que foram sorteadas nesta terça-feira, 1º, para atuarem nesta segunda reunião do TJP que vai até o final de novembro.
Uma vez decidido o destino do réu em sala secreta, a juíza presidente dos trabalhos, Ana Orgette de Sousa Fernandes Vieira, em substituição ao juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, faz a dosimetria da pena e anuncia o resultado do júri.