O advogado Carlos Santana, constituído pelo mecânico Ronaildo da Silva Oliveira, o Galego, de 38 anos, confirmou que o cliente recebeu R$ 5 mil em sua conta, não sabe quem depositou e que pegou o valor equivalente do caixa da oficina, repassando aos fugitivos Deibson Cabral Nascimento, o Tatu de 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, o Martelo de 35 anos.
Ronaildo teve a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal, a pedido do delegado que apura o caso, segundo Carlos Santana, durante a madrugada do domingo, dia 25, e terminou preso no início da manhã de segunda-feira, dia 26, em Baraúna-RN, não como quem ajudou os fugitivos, mas como investigado por organização criminosa.
Santana fala em outras pessoas dando suporte aos fugitivos Tatu e Martelo. Ele não soube precisar quem eram estas pessoas. Ainda segundo o advogado, tudo que ele relata em entrevista ao MH, lhe foi contado por Ronaildo, que, segundo ele, foi orientado a contar tudo, para não ficar nada obscuro. Não ficar calado, apesar desta prerrogativa está prevista em lei.
Ocorre que a imprensa, Ronaildo Oliveira contou que foi abordado pelos dois fugitivos às 23 horas do dia 17, três dias após a fuga de Tatu e Martelo da Penitenciária Federal de Mossoró, registrada, segundo o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, durante a madrugada do dia 14 de fevereiro de 2024, uma quarta-feira de cinzas.
No entanto, o advogado Carlos Santa disse que o cliente contou a ele e à polícia que foi abordado pelos fugitivos no início da madrugada do 15 de fevereiro, um dia após a fuga da Penitenciária Federal de Mossoró. Ou seja, os presos teriam fugido da penitenciária e se dirigido até a localidade isolada, chamada de Três Varedas e rendido a família de Ronaildo.
O advogado disse não saber qual era o carro que Ronaildo usava para levar suprimentos para os fugitivos. Disse que era particular ou o do irmão. Disse que dos R$ 5 mil reais depositados, Ronaildo Oliveira pegou o valor equivalente no caixa da Oficina em Baraúna e em mãos aos fugitivos. Afirmou que o cliente dele era vigiado pelos bandidos e pela polícia.
Em outro trecho da entrevista, o advogado afirma que o cliente dele só teve contato com os fugitivos uma vez e que depois deixava os suprimentos no tronco de um arbusto, perto da casa em Três Varedas, para que os dois fugitivos pegassem depois. O fato é que a história confusa, terminou levando a Justiça Federal a decretar prisão, não provisória, mas preventiva.
Carlos Santana disse que pediu que a Justiça soltasse o cliente, mas que o MPF deu parecer negativa e que a Justiça negou. Disse que ia conversar de novo com o juiz, para que o cliente fosse solto, pois segundo ele, fugir não é crime. É um direito. E no caso de ajudar fugitivo, a pena vai de 6 meses a 2 anos e ele disse que tem certeza da inocência do cliente. Para ele, Ronaildo é vítima e não bandido. Assegura que ele será absolvido.
Segue a entrevista com o MH.