28 MAR 2024 | ATUALIZADO 10:18
NACIONAL
ANNA PAULA BRITO
24/04/2020 18:05
Atualizado
24/04/2020 18:41

Bolsonaro aglomera ministros em coletiva para falar da demissão de Moro

[OPINIÃO] Nesta sexta-feira (24), após coletiva com direito a pedido de demissão de Sergio Moro, a imprensa foi novamente convocada para uma coletiva, às 17h, no Palácio do Planalto. No local, os ministros serviram de cenário para o discurso de Bolsonaro, todos juntos e sem uso de máscara, em meio a pandemia do coronavírus. Sobre Moro, após um discurso grande e confuso, o presidente fez acusações e disse estar decepcionado com a atitude do ex-ministro
[OPINIÃO] Nesta sexta-feira (24), após coletiva com direito a pedido de demissão de Sergio Moro, a imprensa foi novamente convocada para uma coletiva, às 17h, no Palácio do Planalto. No local, os ministro serviram de cenário para o discurso de Bolsonaro, todos juntos e sem uso de máscara, em meio a pandemia do coronavírus. Sobre Moro, após um discurso grande e confuso, o presidente fez acusações e disse estar decepcionado com a atitude do ex-ministro.
FOTO: REPRODUÇÃO

Em meio a pandemia do coronavírus, o que mais preocupa uma grande parte dos brasileiros é a forma como o presidente da república vem conduzindo a crise de saúde pública causada pelo vírus.

O chefe supremo do país, diariamente, ignora as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e se envolve em aglomerações, considerada a principal forma de contágio da Covid-19.

A mais recente acontece às 17h desta sexta-feira (24). Após coletiva de imprensa realizada por Sergio Moro para anunciar seu pedido de demissão, pela manhã, Jair Bolsonaro reuniu a imprensa, à tarde, para falar sobre o assunto e dar sua versão dos fatos.

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No local, ministros, incluindo o da saúde, e o filho 03 serviram de cenário para o discurso de Bolsonaro, todos juntos e sem uso de máscaras. Somente o ministro Paulo Guedes, da economia, teve o bom senso de usar o EPI.

Sobre Moro, após um discurso grande e confuso, visivelmente cheio de mágoa, o presidente disse estar decepcionado com a atitude do ex-ministro.

Fez também diversas acusações. Segundo ele, Moro foi quem sempre o esteve cercando para conseguir o cargo de ministro. Também afirmou que o ex-ministro chegou a chantageá-lo por uma vaga no STF.

"Mais de uma vez, o senhor Sergio Moro disse para mim: 'Você pode trocar o Valeixo sim, mas em novembro, depois que o senhor me indicar para o STF'", disse o presidente.

Disse ainda que não precisa de autorização para trocar qualquer ocupante de cargo e que no dia que tiver que se submeter a um ministro, deixar de ser presidente.

"Falava-se em interferência minha na PF. Oras bolas, se posso trocar ministro, por que não posso, de acordo com a lei, trocar o diretor da PF? Não tenho que pedir autorização para ninguém para trocar diretor ou qualquer outro que esteja na pirâmide hierárquica do Poder Executivo", declarou.

Pala manhã, Moro falou que interferência política na PF pode levar a relações impróprias entre o diretor-geral e os superintendes com o presidente da república e que é algo com o que ele não pode concordar.

Também chegou a dizer que o presidente o Bolsonaro o informou que haveria uma “interferência política” na Polícia Federal e que ele, como presidente, queria ter acesso a relatórios de inteligência de investigações e um canal direto com os policiais federais.


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