03 OUT 2024 | ATUALIZADO 10:27
EDUCAÇÃO
21/09/2019 12:56
Atualizado
21/09/2019 12:58

Conheça a história do deficiente desenganado pelos médicos que virou escritor

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Carlos Reis Agni, 52, que preferiu ultrapassar a sua limitação locomotiva ao invés de reclamar da vida; conheça a história em homenagem ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado hoje (21)
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FOTO: DIVULGAÇÃO

As lutas diárias que muitas pessoas enfrentam para sobreviver induzem ao crescimento e fortalecimento. Exemplo disso é o escritor Carlos Reis Agni, 52, que preferiu ultrapassar a sua limitação locomotiva ao invés de reclamar da vida.

Abandonado pelo pai, ainda na infância, Carlos sofreu um acidente aos 9 anos e, desde então, passou a conviver com uma doença degenerativa que, aos poucos, lhe roubou os movimentos, mas não a vontade de viver.

Ele ficou tetraplégico e chegou a ser desenganado pelos médicos que disseram à sua família que ele não passaria dos 16 anos.

Hoje, com cinco décadas bem vividas, ele utiliza a arte como seu maior instrumento de superação. É através da literatura que ele viaja nas entrelinhas dos romances que escreve.

Já são cinco obras de sua autoria: Lágrimas de um Espermatozóide; O Prelúdio do Desejo; Fronteira do Emocional; O Oitavo Dia - Um atalho no Tempo e Diário do Conflito - sua mais recente publicação.

O próximo passo do escritor é dedicar-se a palestras que possam inspirar outras pessoas a sair da inércia e se libertar das aflições cotidianas que, na visão dele, são capazes de nos paralisar.

“Somos sobreviventes de uma sociedade hostil e predatória. Precisamos voltar para nosso centro para ter consciência de que tudo está em uma grande ordem. Nós é que estamos em desordem”, desabafa Carlos Agni.

Carlos acredita que, em um grau maior ou menor, todo mundo tem uma deficiência, seja ela mental, intelectual, física ou neurológica.

“É por esse motivo que a deficiência tem que ser analisada de uma forma mais ampla. O amanhã não é pintado como você quer, é como a vida desenha. Infelizmente, o preconceito ainda vai durar séculos. A educação é o valor básico para que a pessoa aprenda a respeitar e adquirir um conceito melhor do outro”, pontua ele.

Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

De acordo com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência física.

No Brasil, no dia 21 de setembro celebra-se o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A data foi aceita, oficialmente, a partir do decreto de lei nº 11.133, de 14 de julho de 2005, mas já era comemorada de forma extraoficial desde 1982.

A criação da data comemorativa foi uma iniciativa do Movimento pelos Direitos das Pessoas Deficientes (MDPD), grupo que debate propostas de transformações sociais em prol das pessoas com deficiência.


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