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SAÚDE
Ismael Sousa e Cézar Alves
17/03/2015 09:45
Atualizado
13/12/2018 07:58

PM controla motim na Mário Negócio e evita na Cadeia Pública de Mossoró

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Os detentos quebraram paredes, destruíram as grades e tocaram fogo em colchões. Segundo informações repassadas pela direção, 18 celas foram danificadas durante a rebelião.

Cerca de 200 detentos do regime fechado iniciaram um tumulto, no final da manhã desta terça-feira, 17, no pavilhão 3 do Complexo Penitenciário Mário Negócio, na zona rural de Mossoró. 

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A rebelião teve início por volta das 11h30, nos blocos A e B. Os detentos quebraram paredes, destruíram as grades e tocaram fogo em colchões. Segundo informações repassadas pela direção, 18 celas foram danificadas durante a rebelião.

Quatro detentos que se recusaram a participar do motim foram feitos reféns e acabaram sendo agredidos. Os mesmos foram atendidos por equipes do Samu e levados para o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM).

Agentes Penitenciários e policiais militares, com apoio dos Agentes Penitenciários federais controlaram a situação e evitaram que os quatro presos fossem mortos durante o tumulto.

Um dos detentos é Maximiliano de Lima Silva, que aguarda julgamento a 1 ano e 8 meses por homicídio. Ele falou com a imprensa sobre o momento de terror que passou durante rebelião no regime fechado.

Os presos que iniciaram o motim foram isolados e levados para o pátio da unidade, onde passaram por revista."A rebelião começou no lado B do pavilhão. Os líderes do PCC em Mossoró receberam ligação de Natal para iniciar a rebelião na Penitenciária. Eles começaram a espancar a gente sem motivo algum. Foi a ação rápida dos agentes que nos salvou", declarou o preso.

Dentro do pavilhão a cena era de destruição. Além das grades danificadas, os detentos depredaram a rede de abastecimento de água e danificaram a fiação elétrica da unidade. O mau cheiro nos corredores provocado pelos colchões queimados e a comida era forte.

Os demais detentos que estavam no bloco ao lado, reclamaram das condições precárias da penitenciária. Eles denunciaram a superlotação e a falta de ações do poder público para resolver a situação na unidade. 

O vice diretor da Penitenciária, José Fernandes, informou que desde domingo havia o alerta, por parte da Polícia Militar, sobre a ordem de rebelião das facções criminosas do PCC e do Sindicato do RN nos presídios da região e, em especial no Complexo Mário Negócio.

"Com o apoio da Polícia Militar, do Grupo de Escolta e dos Agentes da penitenciária Federal, conseguimos controlar a situação em poucos minutos. Entramos no pavilhão e evitamos que os quatro detentos fossem mortos", explicou o diretor.

José Fernandes alertou sobre as ordens vindas de Natal a respeito da possibilidade dos presos da Cadeia Pública Manoel Onofre de Sousa, também, iniciarem uma rebelião.

"Agentes penitenciários que estavam de folga também foram mobilizados e estão de alerta para evitar outra rebelião. Como está havendo em todos, também não foi descartada a possibilidade de acontecer na Cadeia Pública", alertou o diretor.

A direção informou que estará avaliando a situação dentro do presídio e que até as 22h de hoje, algumas celas possam ser consertadas para receber os detentos.

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