28 MAR 2024 | ATUALIZADO 13:02
ECONOMIA
24/09/2019 08:29
Atualizado
24/09/2019 08:29

Setor de Energia Renovável do RN atrai interesses da Embaixada Coreana

“Sabemos o potencial da energia eólica do Rio Grande do Norte. Muitas empresas coreanas não têm informações suficientes. Nosso propósito é obter o máximo de informações possíveis e com isso atrair investimentos”, declarou o adido comercial da República da Coreia no Brasil, Jinyoung Yoon.
FOTO: REPRODUÇÃO

Uma delegação da Embaixada da República da Coreia no Brasil se reuniu nesta segunda-feira (23) com o secretário Jaime Calado e a equipe no gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SEDEC), com o objetivo de buscar informações para a atração de investimentos coreanos no setor de energias renováveis, principalmente nos segmentos eólico e fotovoltaico.

Estiveram presentes na reunião o adido comercial Jinyoung Yoon, o assessor econômico Rafael Kim e a assessora econômica Larissa Pretti Feitosa.

“Assim que desembarcamos no seu estado, nos deparamos com ventos muito fortes que não estamos acostumados em Brasília”, iniciou o adido Jinyoung Yoon.

“Sabemos o potencial da energia eólica do Rio Grande do Norte. Muitas empresas coreanas não têm informações suficientes. Nosso propósito é obter o máximo de informações possíveis e com isso atrair investimentos”, declarou.

Segundo o representante coreano, está sendo firmado um Tratado de Livre Comércio entre o Brasil e a Coreia do Sul que deverá estreitar as relações comerciais entre os dois países, possibilitando a negociação de empreendimentos com estados além do eixo Rio-São Paulo.

O mercado de energias renováveis, incluindo eólicas e fotovoltaicas, deverá ser um dos principais beneficiados com o Tratado.

O secretário Jaime Calado confirmou o enorme potencial e explicou que o RN produz 4 gw de energia eólica, sendo líder nacional no segmento, mas possui capacidade de produzir 25 gw onshore.

Jaime falou ainda sobre o interesse do Estado na produção de energia offshore, com o potencial de instalação de até 200 gw na costa do RN e Ceará, e sobre a necessidade de instalação de um porto-indústria para efetivar a produção de energia eólica no mar.

“Nós somos o maior produtor mas não temos nenhuma fábrica. Por isso temos incentivos como o Proedi, com benefício fiscal de até 95%”, disse.

Para o coordenador de desenvolvimento energético Hugo Fonseca, o setor eólico vive uma nova fase, com a intenção das empresas na repotenciação de seus parques, isto é, da substituição de usinas por máquinas de maior capacidade energética.

“A cada ano o Governo Federal faz dois ou três leilões para o mercado de energia eólica. Passamos por 10 anos de grandes experiências nesses projetos, com o RN vencendo o maior número de leilões e se tornando o principal produtor eólico do país”, declarou.

O coordenador Hugo Fonseca aposta nessa experiência no mercado eólico para guiar o crescimento do setor solar no RN.

Ele explicou que a indústria solar vem recebendo mais investimentos que a eólica no país, pelo seu custo de manutenção mais baixo e pelo rápido retorno dos investimentos.

“Também temos muitas empresas atuando em linhas de transmissão, com previsão de leilão novo no próximo ano, o que vai reforçar o escoamento através de novas subestações”, enfatizou, e citou a necessidade do investimento em indústria e centros de distribuição para peças e componentes para o mercado fotovoltaico com o objetivo de alavancar o desenvolvimento do segmento solar no Rio Grande do Norte.


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