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SAÚDE
Josemário Alves
03/07/2015 08:36
Atualizado
13/12/2018 00:10

?Assusta e preocupa?, diz diretora sobre apreensão na cadeia de Caraúbas

Esta foi a segunda revista realizada em menos de um mês. Na primeira foram apreendidos cerca de 15 celulares e outros objetos.
Cézar Alves

Cerca de 30 agentes penitenciários e policiais militares realizaram, durante cinco horas na manhã desta sexta-feira (03), uma revista minuciosa na Cadeia Pública Manoel Alves Pessoa Neto, em Caraúbas. Membro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil de Mossoró acompanharam o trabalho de revista na cadeia.

Ao todo foram apreendidos drogas, celulares, chips, ferramentas artesanais e outros objetos ilícitos.

Segundo a diretora do presídio, Ivna Benevides, não foi encontrado indícios de túneis. “O objetivo foi esse, apreender materiais ilícitos e evitar fugas. Graças a Deus não temos indícios de túneis. Faz mais de dois anos que não registramos fugas aqui”, relatou.

Esta foi a segunda revista realizada em menos de um mês. Na primeira foram apreendidos cerca de 15 celulares e outros objetos.

Ivna contou ao MOSSORÓ HOJE que a facilidade com que este tipo de material entra na unidade prisional é assustadora.

“Temos uma grande exposição. Nós não temos um sistema interno de monitoramento de câmeras e falta outros equipamentos que identificaria a entrada de drogas e celulares. Isso mostra a fragilidade do sistema prisional. Assusta e preocupa”, relatou por telefone.

Em entrevista recente, o promotor de Justiça Silvio Brito, disse ao MOSSORÓ HOJE que “estamos vendo organizações criminosas se consolidando dentro dos presídios no Rio Grande do Norte, fazendo uso de celulares”.

A declaração do promotor aconteceu após descoberta de que um apodiense comandava o tráfico de drogas e homicídios na região Oeste, pelo WhatsApp, a partir da Penitenciária de Alcaçuz.

“A verdade hoje é que prender o cara não significa tirá-lo de circulação [...] É quando o celular se transforma em arma poderosa para praticar crimes”, disse Silvio Brito.

Ivna Benevides relatou que os objetos apreendidos serão encaminhados à Coordenadoria de Administração Penitenciária (Coape), para que sejam investigados e que os proprietários sejam identificados.

Atualmente, a cadeia de Caraúbas custodia 177 detentos. A unidade foi projetada para 96 apenados.

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