08 DEZ 2025 | ATUALIZADO 17:35
ESTADO
04/08/2025 21:09
Atualizado
04/08/2025 21:12

Mesa de Diálogo da Presidência da República se instala em Serra do Mel-RN

Senta com a Associação de Energia Renovável Potiguar para discutir com representantes da Associação de Energia Renovável Potiguar, colonos e autoridades locais, sobre os impactos da produção de energia limpa na Serra do Mel. A reunião está agendada para começar às 14 horas na sede da Câmara Municipal, com a presença dos ministérios de Minas e Energia, Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrável, Incra e Sedraf.
Senta com a Associação de Energia Renovável Potiguar para discutir com representantes da Associação de Energia Renovável Potiguar, colonos e autoridades locais, sobre os impactos da produção de energia limpa na Serra do Mel. A reunião está agendada para começar às 14 horas na sede da Câmara Municipal, com a presença dos ministérios de Minas e Energia, Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrável, Incra e Sedraf.
Foto: Pedro Cezar

Serra do Mel, RN – Uma Mesa de Diálogo da Presidência da República será instalada às 14h desta terça-feira, 5 de agosto de 2025, na Câmara Municipal de Serra do Mel, para discutir os impactos da produção de energia renovável na região. A reunião, que contará com representantes dos ministérios do Meio Ambiente, Minas e Energia, Desenvolvimento Agrário, Incra e da SEDRAF, foi convocada a pedido dos colonos.

O encontro surge após a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Norte (FETARN) e o Setor de Animação Rural (SAR), da Igreja Católica, moverem uma ação judicial contra a empresa eólica Voltalia, que opera parques de produção de energia limpa na Serra do Mel.

As três entidades, sem o consentimento dos colonos, acionaram a Justiça Estadual exigindo uma indenização de R$ 106 milhões da Voltalia. Além desse valor, que seria destinado a um fundo gerido por elas, a ação pede R$ 100 mil de indenização para cada colono que apresente sintomas da "Síndrome da Turbina Eólica" e para aqueles que cederam 100% de sua área para a instalação dos aerogeradores.

Os advogados responsáveis pela ação, que são de São Paulo, buscam 15% dos R$ 106 milhões e 30% dos valores que os colonos porventura venham a receber individualmente.

Ao tomarem conhecimento da ação, os colonos de Serra do Mel protestaram em defesa da Voltalia, afirmando que não autorizaram as entidades a acionar a Justiça em nome deles. Eles também contestam as alegações da ação, afirmando que não há pessoas doentes com a síndrome das turbinas eólicas na região e que os contratos de arrendamento com a empresa são justos e benéficos.

Segundo o colono, agrônomo, poeta e jornalista Joaquim Crispiniano Neto, as informações contidas no processo sobre supostos prejuízos ambientais — como a morte de abelhas, animais e a perda de produção de caju e castanha — são falsas. Ele defende que, na realidade, houve um aumento na produção de mel de abelha e uma melhoria na produção de caju e castanha, sem qualquer prejuízo à flora.


"E desafio alguém a encontrar uma só pessoa doente em função das turbinas eólicas na Serra do Mel", declarou Crispiniano Neto, ressaltando que a vida na Serra do Mel melhorou, o que, segundo ele, pode ser comprovado por dados oficiais.

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