O Rio Grande do Norte registrou, em 2024, o menor índice de população vivendo abaixo da linha da pobreza desde o início da série histórica, em 2012.
As informações são da Síntese de Indicadores Sociais 2025, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 33,5% dos potiguares estavam nessa condição, uma queda de 10,3 pontos percentuais em relação a 2023, quando o índice era de 43,8%
A publicação considera a linha de pobreza adotada pelo Banco Mundial segundo o Poder de Paridade de Compra (PPC), que é de US$ 6,85 PPC por dia ou R$ 692 por mês para o RN e seus territórios.
A redução também se destaca no recorte da extrema pobreza. No último ano, 5,2% dos moradores do estado viviam com renda mensal inferior a R$ 217, valor estabelecido pelo Banco Mundial como referência. Em 2023, o percentual era de 6,4%
Os números consolidam o Rio Grande do Norte como o estado com a menor proporção de pobres do Nordeste, permanecendo abaixo da média regional que alcança 39,4% da população e acima apenas da média nacional, que registra 23,1%
Capital e região metropolitana
A Região Metropolitana de Natal também apresentou melhora expressiva. Em 2024, 25,7% da população estava abaixo da linha de pobreza, ante 40,1% no ano anterior. Já na capital, o índice caiu de 31,9% para 21,7% no período analisado. A extrema pobreza acompanhou o movimento, chegando a 3,8% em Natal
Programas sociais foram decisivos
A pesquisa do IBGE mostra ainda que políticas públicas de transferência de renda foram decisivas para o resultado. Sem esses benefícios, o percentual de potiguares em situação de pobreza teria chegado a 40,4%, e o de extrema pobreza saltaria de 5,2% para 16,2%.
Renda e desigualdade persistem
Apesar dos avanços, a desigualdade econômica ainda marca a realidade potiguar: sete em cada dez moradores do estado vivem com até um salário mínimo. Além disso, a diferença salarial entre grupos sociais persiste — homens brancos recebem, em média, 32% a mais que mulheres pretas ou pardas
Cenário nacional
Em nível nacional, o quadro também é de melhora. Entre 2023 e 2024, 8,6 milhões de brasileiros deixaram a pobreza, segundo o IBGE.
A queda histórica nos índices de pobreza reforça a importância das políticas públicas de assistência e revela avanços significativos nas condições sociais do Rio Grande do Norte. Ainda assim, os dados expõem desafios contínuos na redução da desigualdade de renda e na ampliação das oportunidades econômicas para a população.
Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2025 tem como objetivos sistematizar e apresentar um conjunto de informações relacionadas à realidade social do país, a partir de temas estruturais de grande relevância. Nesta edição, os temas estão organizados em três eixos fundamentais e complementares: Estrutura econômica e mercado de trabalho; Padrão de vida e distribuição de rendimentos; e Educação.
A publicação completa pode ser acessada no site IBGE.