19 DEZ 2025 | ATUALIZADO 19:01
MOSSORÓ
06/07/2022 21:14
Atualizado
06/07/2022 21:40

Estudo aponta que teatro foi construído com material ruim de forma errada

PHP Consultoria fez estudo preciso na estrutura do Teatro Municipal Dix Huit Rosado (na foto com a frente já restaurada), apontando que o teatro foi construído com material ruim, em algumas situações equivocado e com projeções erradas, que levou a estrutura de cerâmicas a se soltarem em pouco tempo. Com a constatação, a empresa contratada pediu um aditivo para dá continuidade as obras e fazer o serviço dentro do padrão de qualidade exigido pelo Poder Público Municipal
PHP Consultoria fez estudo preciso na estrutura do Teatro Municipal Dix Huit Rosado (na foto com a frente já restaurada), apontando que o teatro foi construído com material ruim, em algumas situações equivocado e com projeções erradas, que levou a estrutura de cerâmicas a se soltarem em pouco tempo. Com a constatação, a empresa contratada pediu um aditivo para dá continuidade as obras e fazer o serviço dentro do padrão de qualidade exigido pelo Poder Público Municipal

A empresa PHP Consultoria e Construções mostrou que a construção do Teatro Municipal Dix Huit Rosado, inaugurado em 2003, num investimento de mais de R$ 6 milhões, foi feita com material de péssima qualidade e com erros grosseiros na fixação das placas de cerâmicas e também de engenharia em praticamente toda a estrutura do prédio.

Confira relatório completo AQUI.

17 anos após sua inauguração, a gestão municipal, no período de Rosalba Ciarlini, contratou, através de licitação pública, a empresa MVP Engenharia e Construção para restaurar o prédio, que, entre outros problemas, apresentava a cerâmica descolando e caindo. Logo no início, a empresa percebeu que não tinha como tocar as obras com o valor inicialmente previsto.

O fato foi apresentado pela empresa MVP Engenharia a gestão de Allyson Bezerra, que por sua vez, exigiu que apresentasse razões técnicas, para que fosse feito um aditivo e assim as obras tivessem condições de serem concluídas da forma correta. Daí a empresa MVP contratou a PHP Consultoria, que é de renome nacional, para fazer o trabalho.

O relatório final foi entregue ao Secretário de Infraestrutura de Mossoró, Rodrigo Lima, que é engenheiro civil. Ele levou ao conhecimento do prefeito Allyson Bezerra, que também engenheiro civil. Os dois ficaram assustados com a gravidade dos fatos apresentados nos documentos, com fotos, e enviaram para o Jurídico adotar as medidas cabíveis, iniciando o processo para aditivo o valor inicial da obra em 49% e, assim, fazer a restauração devida.

O relatório estava sendo tratado nas instâncias jurídicas, mas esta semana, a Bancada de Oposição denunciou que o Poder Executivo havia feito aditivos nas obras de restauração do Corredor Cultural, como Praça de Convivência, Memorial da Resistência, do Teatro Municipal e também da Estação das Artes Elizeu Ventania, mesmo depois de inauguradas.

Uma comissão de vereadores da Câmara, com base nestas informações, convocou os secretários Rodrigo Lima para explicar os aditivos e solicitaram o processo de licitação, os contratos e projetos das obras, dando um prazo de 20 dias para o secretário atender os pedidos deles, além da convocação para comparecer na Câmara nesta quinta, dia 7.

Ocorre que nesta quarta-feira, dia 6, o secretário Rodrigo Lima, acompanhado com secretário de administração Kadson Eduardo, chegaram de surpresa no Legislativo e pediram a palavra para explicar tecnicamente a necessidade dos aditivos. “Definitivamente não teve qualquer erro jurídico na realização deste aditivo ou de qualquer outro”, destaca Kadson ao MH.

Aos vereadores e a população, Kadson disse:


Rodrigo Lima detalheu, do ponto de vista técnica, a necessidade de mais recursos aplicados na Praça de Convivência (que no caso já foi concluída e inaugurada) e no Memorial da Resistência. Em suas palavras, Rodrigo mostrou com clareza a necessidade aumentar os recursos, porque no projeto de reforma inicial não previa serviços importantes, inclusive na elétrica.


Ao expor a necessidade da ampliar os recursos da reforma do Teatro Municipal, o secretário Rodrigo Lima revelou, na verdade, que a construção do Teatro Municipal foi feito com material de péssima qualidade, além de alguns inadequados, com erros grosseiros de engenheira e outros ainda piores de aplicação das cerâmicas e outros estruturas do prédio.


Rodrigo Lima e Kadson Eduardo devem voltar a Câmara Municipal nesta quinta-feira, para repetir os esclarecimentos, por insistência dos vereadores de oposição, que durante as explicações dadas nesta quarta-feira, os vereadores, segundo denunciou Raerio Araújo com fotos e vídeo, ficaram mexendo no celular e não prestaram atenção as falas dos secretários.

Em contato com a imprensa, Kadson Eduardo e Rodrigo Lima disseram que erros em projetos iniciais e contratação por valores abaixo do necessário, tem sido comum em praticamente todas as obras que encontraram em andamento. O quadro mais grave, de erros de projeto, foi encontrado nas Obras de construção da Ponte da Benício Filho, no Alto São Manoel.

Após a apresentação dos secretários, o vereador Genilson Alves, líder da bancada governista, disse que já havia alí elementos suficientes para abrir um processo de investigação, para convocar a ex-prefeita e secretários da época de construção do teatro, assim como a empresa que fez a obra custeada com recursos públicos.


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