20 DEZ 2025 | ATUALIZADO 19:01
MOSSORÓ
ANNA PAULA BRITO E CEZAR ALVES
28/01/2022 15:41
Atualizado
29/01/2022 12:58

Moradores do Três Vinténs apontam obra malfeita como causa de alagamento

A chuva desta quinta-feira (27) em Mossoró, que começou no início da tarde, causou transtorno para moradores do conjunto Monsenhor Américo, mais conhecido como Três Vinténs. O maior problema foi registrado na rua Rua Laura Estrela, onde a água chegou a entrar em casas e em um comércio. Em conversa com o MOSSORÓ HOJE, a moradora Neide Araújo explicou que o problema com a inundação da rua é antigo, mas que a água só entrou nas casa depois da obra realizada recentemente no bueiro; O secretário de infraestrutura, Rodrigo Lima, esteve no local na manhã desta sexta-feira (28), para estudar o problema e resolvê-lo.
A chuva desta quinta-feira (27) em Mossoró, que começou no início da tarde, causou transtorno para moradores do conjunto Monsenhor Américo, mais conhecido como Três Vinténs. O maior problema foi registrado na rua Rua Laura Estrela, onde a água chegou a entrar em casas e em um comércio. Em conversa com o MOSSORÓ HOJE, a moradora Neide Araújo explicou que o problema com a inundação da rua é antigo, mas que a água só entrou nas casa depois da obra realizada recentemente no bueiro; O secretário de infraestrutura, Rodrigo Lima, esteve no local na manhã desta sexta-feira (28), para estudar o problema e resolvê-lo.
FOTO: CEZAR ALVES

Mossoró enfrentou um longo período de chuva nesta quinta-feira (27), que começou no início da tarde, com forte precipitação, seguindo com neblina até o final da noite.

Problema histórico na cidade, moradores reclamaram de alagamentos em alguns bairros, mas o problema maior foi registrado no conjunto Monsenhor Américo, mais conhecido como Três Vinténs.

Na Rua Laura Estrela, onde recentemente foi concluída uma obra de construção de um bueiro celular, registrou alagamento com forte correnteza e água invadindo algumas casa.

No Mercantil São José, de propriedade do José Nilton, a água chegou a cerca de 50 cm de altura. Ele contou ao MOSSORÓ HOJE que mora há 16 anos e mesmo em outras chuvas, a água nunca havia entrado na casa ou no comércio dele.

José Nilton mora exatamente na frente da do bueiro que foi implantado. A obra, no valor de R$ 320.425,00 foi contratada em setembro de 2019, com previsão de 12 meses para ser concluída, mas só foi finalizada em 2021.

“Depois do tempo que eu tô aqui é a primeira vez que entrou, devido a esse serviço da prefeitura que não foi adequado. A bueira que eles fizeram não despachou a água. A água não teve pra onde ir e alagou aqui”, conta.

Ele explica que com a implantação do calçamento que deixou a rua mais alta em dois pontos, a água se acumula no meio, exatamente onde fica o comércio dele.

Vizinha de Nilton, Neide Araújo também teve a casa invadida pelas águas. Ela diz que desde o primeiro momento alertou a equipe da prefeitura, quando eles estiveram no local para realizar as obras, de que o serviço não daria conta de comportar a quantidade de água que o local recebe quando chove.

“Nessa rua aqui vem água do Abolição 5, do Abolição 4, da Favela do Fio, de toda aquela região, chega aqui. É muita água. Então eu falei, aqui nesta calçada, para os engenheiros, que essa obra não iria suportar o tanto de água que chega aqui. Essa água que entra nas nossas casas não é água que vem da galeria, mas que vem lá de cima, então era pra fazer um projeto que absorvesse, aí fizeram isso aqui que não dá vencimento. Não estou aqui culpando prefeito a ou b, estou culpando alguém que deveria ter olhado melhor por isso, porque foi uma obra cara que a prefeitura investiu aqui e não fez um serviço adequado”, lamenta.

No momento em que a reportagem do MOSSORÓ HOJE chegou ao local, encontrou uma equipe da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Meio Ambiente, Urbanismo e Serviços Urbanos, inclusive o secretário Rodrigo Lima.

Ele confirmou a versão defendida por Neide. Segundo ele, devido à grande quantidade de água que chegou ao local, o sistema não teve capacidade suficiente para captá-la e levá-la até o córrego que fica a poucos metros de distância.

Pelo fato de o local onde houve a inundação ser mais baixo, a água sobrejacente acabou ficando represada e entrando nas casas e no comércio de Nilton.

Rodrigo explicou que estava visitando a rua juntamente com a equipe de obras da secretaria para juntos buscarem uma solução para resolver o problema, já que já é possível determinar o que aconteceu no local [CONFIRA NO VÍDEO NO FINAL DA MATÉRIA].


PROBLEMA FOI RESOLVIDO EM OUTROS PONTOS CRÍTICOS


Apesar do problema no Três Vinténs, outros pontos costumeiramente críticos na cidade não registraram alagamentos com a chuva nesta quinta.

A região da Cobal e a Av. João da Escóssia, que com pouca quantidade de chuva já ficavam completamente inundadas, conseguiram absorver bem as precipitações.

Isso aconteceu graças a obras que foram realizadas para aumento das galerias de captação da água das chuvas.

Para evitar o alagamento da João da Escóssia a prefeitura realizou uma grande obra na chamada Lagoa do Bispo, aumentando sua capacidade de armazenamento, bem como nas galerias da rua Amaro Duarte.

De acordo com o secretário Rodrigo Lima, outros pontos críticos da cidade seguem em trabalho constante, como a construção do canal do Santa Helena, além de limpezas em outros canais a exemplo do Walfredo Gugel, para evitar pontos de alagamento.


Veja o que diz o secretário sobre como se comportou a captação da água das chuvas em diferentes pontos da cidade.



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