Após o portal MOSSORÓ HOJE revelar que a assistente social Suelda Felício de Araújo, irmã do secretário de Saúde de Mossoró, Benjamin Bento de Araújo, havia recebido, entre março e maio deste ano, R$ 30.590,46 apenas em “vantagens de natureza pessoal”, excluída a remuneração básica mensal de R$ 2.076,56, a Prefeitura reduziu, em junho, os extras pagos à servidora.
No mês passado, Suelda recebeu R$ 6.544,85 em vantagens pessoais, mais R$ 2.076,56 de sua remuneração básica. As informações constam no Portal da Transparência, que pode ser acessado por qualquer cidadão através do link http://187.19.199.132/transparencia/leiacessoinf.aspx.
Chamou atenção o fato do pagamento das “vantagens” ter sido ampliado pouco tempo após Benjamim Bento assumir o comando da Saúde municipal. Até o mês de fevereiro, Suelda, que é servidora concursada da Prefeitura desde 2008, recebia, em média, R$ 6 mil em extras. A partir de março, esse valor subiu para mais de R$ 10 mil mensais.
Além de Suelda, outra parente do secretário também viu sua remuneração subir após Benjamin ser indicado por Rosalba para a pasta da Saúde. Trata-se da nutricionista Gerlana Pinheiro de Oliveira Araújo.
Gerlana, que é casada com Benjamim, recebeu em junho R$ 4.205,43 e em maio R$ 4.334,65 de “vantagens”, além da remuneração básica de R$ 2.076,56. Em abril, o valor pago em “vantagens de natureza pessoal” tinha sido de R$ 2.941,70. Em março, totalizou R$ 2.978,85. Já nos meses de fevereiro e janeiro, a mulher do secretário não recebeu remuneração básica, apenas as “vantagens”, no total de R$ 5.007,02 e R$ 4.719,47, respectivamente.
Prefeitura diz que não há irregularidade nos pagamentos
Após a publicação da matéria revelando o pagamento das vantagens aos familiares do secretário Benjamin Bento, a Prefeitura de Mossoró se manifestou sobre o assunto, afirmando que não há qualquer irregularidade na situação. Confira a nota enviada ao portal na época:
"O Secretário Municipal de Saúde, Benjamin Bento, informa que valores adicionais ao salário base dos servidores são referentes a plantões e horas-extras, todos efetivamente trabalhados. Não há nenhum tipo de irregularidade na concessão dos pagamentos".