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Da redação / Agências Internacionais
13/06/2016 11:38
Atualizado
13/12/2018 21:16

EI reivindica ataque em boate gay; Obama diz não existir evidências

Na mensagem transmitida, o EI qualificou o autor do ataque, Omar Mateen, como um "soldado do califado". Segundo Obama, o atirador, de origem afegã, "aparentemente absorveu informações de extremistas"
Agência Brasil

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou responsabilidade na manhã desta segunda-feira (13) pelo ataque a tiros em uma boate gay em Orlando, na Flórida, que deixou ao menos 50 mortos e dezenas de feridos. O grupo extremista em uma transmissão na sua rádio oficial, Albayan.

Na mensagem transmitida "ao vivo", o EI qualificou o suspeito de ser o autor do ataque, Omar Mateen, como um "soldado do califado". "O irmão Omar Mateen, um soldado do califado, realizou uma incursão de segurança com a qual conseguiu no clube noturno de homossexuais de Orlando, onde matou e feriu mais de cem antes de ser assassinado", disse o grupo.

O Estado Islâmico insistiu que "Deus permitiu [a Mateen] atacar os imundos cruzados (...)" e destacou que este atentado é "o maior registrado nos EUA pelo número de mortos".

Leia mais: Ataque em boate gay nos EUA deixa 50 mortos; Atirador já foi identificado

Atirador sorria enquanto matava as pessoas na boate, diz jornalista

Poucas horas depois do grupo Estado Islâmico reivindicar a autoria do atentado na boate em Orlando, o presidente Barack Obama afirmou que não há evidências claras de que o atirador responsável pela chacina tenha sido "direcionado por um grupo no exterior" e que a tragédia deste domingo poderia ser um caso de intolerânia e extremismo doméstico.

Segundo Obama, o atirador de 29 anos de idade e de origem afegã, "aparentemente absorveu várias informações de extremistas" achadas na internet. "O que sabemos é que ele recentemente jurou fidelidade ao Estado Islâmico, mas não há indício de que isso fazia parte de um plano maior".

 O presidente norte-americano também falou que o país não pode dualizar a discussão do atentado separando as questões "controle de armas" - tema defendido por Obama e no qual ele encontra forte oposição da associação pró-armas NRA - e "terrorismo". Segundo ele, os assuntos precisam ser debatidos juntos.

"Se tivermos terroristas radicalizados por conta própria nesse país, então eles [terroristas] vão ficar cada vez mais difíceis de serem encontrados. A facilidade com que eles conseguirão as armas fará diferença sobre como eles conduzirão esses ataques. É um problema, independente das motivações", destacou.

Oficialmente, as autoridades americanas ainda investigam a motivação do ataque e não confirmaram uma ligação direta do atirador com o grupo terrorista. Em entrevista à imprensa, um porta-voz do FBI confirmou que a agência norte-americana acompanhava o atirador por suspeitas de laços com grupos extremistas.

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