O Estado Islâmico divulgou um vídeo nesta terça-feira (5) em que sugere que pode realizar ataques em Londres, Berlim e Roma, de acordo com a agência Reuters. “Se ontem foi Paris, hoje foi Bruxelas. Alá sabe onde atacaremos amanhã. Talvez Londres, Berlim ou Roma”, diz o jihadista em inglês no vídeo que mostrava imagens de ataques anteriores.
Em 22 de março, atentados deixaram 35 mortos e 270 feridos no Aeroporto Internacional de Zaventem e na estação de metrô Maelbeek em Bruxelas, na Bélgica. A polícia ainda busca dois suspeitos de participação nos ataques. Pelo menos dois deles morreram nos atentados: Ibrahim El Bakraoui, que provocou a explosão no aeroporto, e Khalid El Bakraoui, que detonou os explosivos no metrô.
Na região central da Síria, o grupo terrorista tem perdido espaço para as forças do regime sírio. O exército de Damasco recuperou no domingo (3) o controle da cidade de Al-Qaryatayn, um dos últimos redutos do EI na região. Na semana passada, a cidade histórica de Palmira foi liberada do poder dos jihadistas.
Novos ataques
O grupo radical Estado Islâmico atacou o exército sírio com gás mostarda perto da cidade de Deir Ezzor (leste), capital da província com o mesmo nome fronteiriça ao Iraque.
"Os terroristas do Daesh (acrónimo árabe do Estado Islâmico) tomaram como alvo o aeroporto militar de Deir Ezzor com granadas de morteiro com gás mostarda, provocando casos de asfixia", indicou a agência oficial Sana na segunda-feira à noite.
O gás mostarda - que provoca dificuldades respiratórias, cegueira momentânea e bolhas dolorosas - já foi utilizado pelo Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque, segundo várias informações de responsáveis norte-americanos, observadores e militantes sírios.
A cidade de Deir Ezzor é controlada em 60% por jiadistas do EI que tentam desde 2014 tomar o aeroporto militar, situada a sudoeste da cidade. Mais de 200 mil civis estão quase sitiados pelo grupo extremista, recebendo apoio regular por via aérea.
A província de Deir Ezzor é crucial para o EI dado situar-se entre a de Raqa, bastião do grupo, e a fronteira iraquiana, controlada em grande parte pelos jiadistas.