Na próxima quarta-feira, dia 12 de novembro de 2025, o Tribunal do Júri Popular (TJP), sob a presidência do juiz Thiago Lins Coelho Fonteles, se reúne para julgar Raimunda Layla Morais de Sales, pelo assassinato do engenheiro e empresário Euriclides Gois Torres, crime este ocorrido no dia 23 de junho de 2019, durante um arraiá no Centro de Apodi-RN.
O júri está previsto para começar às 8h30, com reforço da polícia Militar. A promotoria de Justiça Liv Ferreira Augusto Severo Queiroz foi escalada para atuar na acusação, durante o julgamento. Para defender a ré, acusada de ser mandante do assassinato, estão escalados os advogados, Sávio José de Oliveira e Gilmar Fernandes de Queiroz.
No processo, consta que o tiro que matou Euriclides Torres foi disparado por Francisco Patrício de Freitas Filho, que teria recebido mil reais de Raimundo da Costa Sousa Junior, o Pikachu, e de Layla Sales, para este fim. Motivo: o engenheiro Euriclides Torres teria tirado "cabimento" com a Layla Sales durante o arraiá e, por esta razão, o casal teria pago Patrício para matá-lo.
No início das investigações, havia várias versões para o caso. A polícia Civil se aprofundou e conseguiu chegar a três nomes: Raimundo da Costa Sousa Junior, o Pikachu, namorado da Raimunda Layla, e Francisco Patrício de Freitas Filho. Posteriormente, o nome de Raimunda Laila foi incluído, como ré, no processo, a pedido do Ministério Público Estadual.
Layla Sales vira ré no processo do assassinato do engenheiro Euriclides
No processo 0100002.66.2021.8.20.0112 consta três pronunciados em decisão publicada no dia 5 de setembro de 2019, expedida pelo juiz Antônio Borja de Almeida Junior.
Vítima: Euriclides Goes Torres
Acusados:
Raimundo da Costa Sousa Junior, o Pikachu
Francisco Patrício de Freitas Filho
Raimunda Layla Morais de Sales
Pikachu e Francisco Patrício já foram julgados pelo Tribunal do Júri Popular e condenados a penas de 16 e 17 anos respectivos de prisão cada. Esta decisão, inclusive, foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Estado. Os dois aguardaram julgamento na prisão.
Já com relação a Raimunda Layla, o juízo a pronunciou para julgamento popular, porém não aceitou o pedido do Ministério Público Estadual para que fosse decretado a prisão preventiva dela. Determinou que a acusada informasse sua localização uma vez por mês.
Os advogados de Raimunda Layla recorreram da pronúncia ao Tribunal de Justiça do Estado, porém a decisão de primeira instância determinando que ela fosse levada ao Tribunal do Júri Popular foi mantida.
Com o fim da batalha judicial travada entre advogados e o Ministério Público Estadual em instâncias superiores, com vitória deste último, finalmente o juízo de primeira instância pode agendar o julgamento de Raimunda Layla.
Na quarta-feira, dia 12 de novembro de 2025, após sortear sete pessoas da sociedade apodiense para compor o Conselho de Sentença, será ouvido o que diz as testemunhas de defesa e acusação e, por fim, o depoimento da ré Raimunda Layla.
Após os depoimentos em plenário, os sete membros do Conselho de Sentença vão assistir atentamente à denúncia formulada no plenário pela promotora de Justiça Liv Severo e também as teses de defesa dos advogados Sávio José e Gilmar Fernandes.
No processo, o Ministério Público Estadual pede a condenação da ré por pagar mil reais pelo assassinato do engenheiro Euriclides Goes. Já os advogados de defesa, que certamente terá reforço no dia do Júri, versam que a ré é inocente.
Ao concluir os debates, que deve transcorrer durante todo o dia desta quarta-feira, o juiz presidente do TJP, Thiago Lins Coelho Fonteles, convoca os sete jurados a Sala Secreta para votar os quesitos debatidos no plenário.
Na hipótese de condenação, o juiz faz a dosimetria da pena e anuncia. Na hipótese de absolvição, o juiz anuncia absolvição da ré. Seja qual foi for a sentença, caberá recursos num prazo de 5 dias em instâncias superiores.