Parece um menino, aparentemente incapaz de fazer o mal alguém. Esta é a primeira impressão que se tem ao ver Jefferson Lucas Nascimento Targino, o Jefinho, de 20 anos. Porém, segundo o Ministério Público Estadual, é um assassino perigoso, frio e calculista. E foi assim que entendeu o Tribunal do Júri Popular, ao condená-lo a 14 anos de prisão, em júri realizado nesta quinta-feira, dia 6 de novembro de 2025, no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins.
O júri começou às 9 horas, com o sorteio dos sete jurados do Conselho de Sentença. Em Seguida, o juiz presidente do Tribunal do Júri Popular, Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, tomou o depoimento de Jeffinho, que confessou participação no assassinato do adolescente de 17 anos no 25 de fevereiro de 2024, no bairro Planalto 13 de Maio, em Mossoró.
Não com a mesma ênfase que confessou em conversas com seus amigos, mas, de tal modo, que permitisse o Conselho de Sentença compreender a sua personalidade. Abre aspas: “Fiz e faço de novo, mano veio”, escreveu. Ele acrescentando que matou porque o adolescente era “pirangueiro”.
Segundo a denuncia do Ministério Público Estadual, Jeffinho pertencia ao PCC e, como membro desta fação, matou uma pessoa em Mossoró sem autorização do alto comando e terminou virando alvo de seus líderes da então facção que pertencia. Para não ser “disciplinado” com a morto dentro do PCC, Jeffinho passou para o Comando Vermelho e começou a matar os membros do PCC, que interessasse a expansão do Comando Vermelho em Mossoró, e, também, aqueles que ele entendesse que deveria morrer, como foi o caso do adolescente de 17 anos que confessou ter matado no Planalto 13 de Maio em Mossoró.
Após os debates entre defesa e acusação, o Conselho de Sentença decidiu pela condenação de Jefinho por homicídio qualificado. Diante dos quesitos aprovados, o juiz Vagnos Kelly aplicou pena de 14 anos de prisão.