Está agendado para esta quinta-feira, às 11h, a Audiência de Instrução e julgamento de vigia Jefferson Christian de Oliveira Sousa, de 42 anos, pelo assassinato do empresário Antônio Alcides do Nascimento de Oliveira, de 33 anos, e por tentar contra a vida de Brenda Monielle Pereira da Silva, de 29 anos, crimes estes ocorridos no início da noite do dia 17 de março de 2024, no bairro Belo Horizonte, zona sul de Mossoró-RN.
Narra a denúncia preliminar do Ministério Público do Rio Grande do Norte que a vítima conhecida por Alcides do Brilho passou o sábado 17 de março de 2024, confraternizando com a família, vizinhos e amigos em frente de casa. Festejava o crescimento do segundo filho. Ligaram o som de um carro e, como a rua era muito pouco movimentada, botaram outro veículo atravessado em um dos lados e ficaram se divertindo no espaço.
Já no final da tarde, Jefferson chegou ao local armado querendo que Alcides do Brilho retirasse o veículo do meio da rua. Como havia outra passagem pela rua ao lado da escola, não havendo necessidade de passar por aquela rua estreita, iniciou uma discussão entre a vítima e o acusado, que passou a perseguir a vítima usando uma pistola calibre 380.
Alcides estava ao lado da esposa Brenda, com quem tem dois filhos pequenos, e Jefferson abriu fogo, matando Alcides e baleando Brenda. Em seguida fugiu do local. Dias depois, Jefferson se apresentou na polícia acompanhado com o advogado Pedro Samuel de Morais e Silva. Em depoimento ao delegado, confessou o crime. Alegou que foi agredido.
Na investigação da Polícia Civil pode ser constado que havia possibilidade do acusado Jefferson ter premeditadamente ter ido armado procurar confusão com Alcides, com quem já tinha inimizade. Ele havia sido visto nas imediações do local que Alcides confraternizava com os amigos, teria dado a volta, mesmo podendo desviar o caminho por várias outras ruas, optou em passar exatamente em frente à casa de Alcides, onde aconteceu o assassinato e a tentativa.
Diante da gravidade dos fatos apurada na Polícia Civil, a Justiça, com aval do Ministério Público do Rio Grande do Norte, decidiu por decretar a prisão preventiva do criminoso, que desde então está sendo procurado. O caso terminou concluído para audiência de instrução e julgamento, prevista para começar às 11 horas desta quinta-feira, 11.
A audiência deve ser presidida pelo juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. O promotor de Justiça do caso é Ítalo Moreira Martins. As testemunhas, a sobrevivente do ataque, estão sendo intimadas a comparecer pessoalmente ou acessar sistema online. O réu também foi intimado, através de seu advogado. No caso do acusado, como está foragido, se comparecer pessoalmente na audiência, deve ser preso e entregue ao sistema prisional.
Este caso deve ser levado a Julgamento Popular, no caso das partes não recorrerem ao Tribunal de Justiça do Estado, ainda neste ano de 2025, possivelmente em novembro.
A família, que ficou destroçada com o assassinato, pede justiça.