05 DEZ 2025 | ATUALIZADO 18:06
POLÍCIA
02/09/2025 23:29
Atualizado
03/09/2025 08:23

Justiça começa julgamento do “Bonde do Cangaço Cabuloso” em Natal-RN

Membros desta organização criminosa, segundo relata o Ministério Público do Rio Grande do Norte, executaram, mediante “encomenda”, o então candidato a prefeito do PSOL em Janduis-RN, Raimundo Gonçalves de Lima Neto, o Netinho de Nilton (FOTO), aos 35 anos, no dia 11 de abril de 2020. O primeiro a ser julgado por este crime será José Fernandes da Silva, o Dedé do Fogo, que, através de seu advogado Gilvan Lira, nega participação no crime. O júri será realizado no Fórum de Natal, a partir das 8 horas desta quinta-feira, dia 4.
Membros desta organização criminosa, segundo relata o Ministério Público do Rio Grande do Norte, executaram, mediante “encomenda”, o então candidato a prefeito do PSOL em Janduis-RN, Raimundo Gonçalves de Lima Neto, o Netinho de Nilton (FOTO), aos 35 anos, no dia 11 de abril de 2020. O primeiro a ser julgado por este crime será José Fernandes da Silva, o Dedé do Fogo, que, através de seu advogado Gilvan Lira, nega participação no crime. O júri será realizado no Fórum de Natal, a partir das 8 horas desta quinta-feira, dia 4.

Nesta quinta-feira, dia 4 de setembro, está previsto a primeira sessão de Tribunal do Júri Popular para julgar acusados de matar o empresário Raimundo Gonçalves de Lima Neto, conhecido por Neto de Nilton, do PSOL, no dia 11 de abril de 2020, quando se preparava para sair candidato a prefeito do município de Janduís-RN.

O réu José Fernandes da Silva, conhecido por Dedé do Fogo, será o primeiro, de onze acusados deste crime, a sentar no banco dos réus. Nesta quinta-feira, 4, Dedé do Fogo, será julgado a partir das 8 horas no Fórum Municipal de Natal. Os demais envolvidos neste crime, serão julgados em reuniões posteriores do TJP, em Natal, e também em Mossoró.

 Além de Dedé do Fogo, este processo tem outros 10 réus, a maioria presos, aguardando julgamento da sociedade potiguar, não só por este crime, mas por vários outros ocorridos, principalmente na região de Serra do Mel. Inclusive, Dedé do Fogo não é o principal acusado. Segundo o MPRN, a participação deste réu foi de logística. 


Segundo consta na denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Norte, o então pré-candidato a prefeito de Janduís, Neto de Nilton, foi executado mediante paga ou promessa de recompensa e com uso de recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima, com a finalidade de tirá-lo do processo de sucessão no município de Janduís.

Para o Ministério Público, os réus João Paulo Fernandes da Silva Brito e Antônio Alcivan Fernandes Junior, o Mangabeira, foram os executores do crime. Eles fugiram uma motocicleta verde e teriam sido reconhecidos por testemunhas. Ainda conforme o MPRN, o crime foi planejado na fazenda chamada Pitombeira, na zona rural de Campo Grande-RN.

A morte de Neto de Nilton, segundo o MPRN, foi encomendada por alguém não identificado pela investigação policial a Elzimar Izídio de Souza, o Dito, e Ranielly Brito de Azevedo, o Amarelo, que seria o líder do “Bonde do Cangaço Cabuloço”.

Após o crime, na Fazenda Pitombeira, os membros da “Bonde do Cangaço Cabuloso”, como se intitulavam, fizeram fotografias exibindo armas, bebidas e no braço de um dos fotografados, havia um relógio, exatamente o relógio que foi apreendido pela PRF na região Central, quando o grupo transitava pela BR 304, com várias armas. Esta confraternização já seria uma espécie de comemoração pelo “serviço” feito.

Entre os presos pela PRF, estava Dedé do Fogo. Através das armas e principalmente os celulares, os policiais conseguiram chegar aos demais membros do "Bonde do Cangaço Cabuloso", responsável pela execução da vítima em Janduis, e diversos outros na região. Descobriram também detalhes, que ajudou a polícia a entender os fatos. Porém, apesar dos esforços, os policiais não conseguiram identificar a pessoa ou pessoas que contrataram o Bonde do Cangaço Cabuloso para matar Neto de Nilton.

O Juri popular

O julgamento deve começar por volta das 8 horas da manhã desta quinta-feira, com o presidente da sessão fazendo o sorteio dos sete jurados que vão compor o Conselho de Sentença. Em seguida deve ocorrer a oitiva das testemunhas e também do réu. O passo seguinte é o promotor de Justiça, falando em nome da sociedade, detalhar aos jurados qual a participação de Dedé do Fogo no crime, assim como o tipo de punição que precisar aplicar.

O advogado de defesa, no caso Gilvan Lira, terá também 90 minutos para defender os interesses do réu Dedé do Fogo, ou seja, deve pedir absolvição por falta de provas.

Ao final dos debates, o juiz presidente convoca os sete jurados a Sala Secreta, onde vão votar os quesitos discutidos em plenário. A depender dos votos dos jurados, o juiz aplica a pena no réu. 

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