O juiz Marco Antônio Mendes Ribeiro, do Plantão Judiciário, homologou a prisão em flagrante assinada pelo delegado Victor Matheus Nobre contra o policial penal federal Rafael Gonçalves Barbosa, de 42 anos, que havia sido preso nesta sexta-feira, 29, por matar a mulher Maria Claudia de Medeiros Conforte, de 29 anos, dentro de casa, no Bairro Sumaré, em Mossoró-RN.
Para o magistrado, o flagrante seguiu os protocolos. Na mesma audiência, o promotor de Justiça Thiago Salles Assunção argumentou pela prisão preventiva do policial penal federal, considerando o quadro de ameaça contra a ex-mulher e os três filhos, além da intenção de suicídio demonstrada pelo investigado Rafael Gonçalves no momento da prisão.
A Audiência de Custódia aconteceu no final da manhã deste sábado, 30. Na decisão, o magistrado recomenda que o sistema prisional estadual adote medidas para garantir que Rafael Gonçalves não seja exposto a outros presos da Cadeia Pública de Mossoró e também que, seja providenciando atendimento médico psicológico.
Ainda na decisão, o juiz Marcos Antônio Mendes Ribeiro fez questão de frisar que nos próximos procedimentos de investigação, o delegado deve ouvir o depoimento das crianças ou adolescentes por escuta especializada, seguindo estritamente o que diz a Lei de Regência. Isto porque o delegado informa no flagrante ter ouvido o depoimento da filha do policial penal, que tem 11 anos, que estava na casa no momento do assassinato.
Rafael Gonçalves conta que o que gerou a discussão com a mulher Maria Claudia durante a madrugada foi o seu desejo que ela apagasse uma rede social. Antes, são inúmeros os relatos apontando o comportamento agressivo de Rafael Gonçalves com Maria Claudia e também com a ex-mulher e os três filhos que teve com ela. Esta versão teria sido confirmada na polícia Civil pela ex-mulher e outras pessoas que acompanham a vida do casal de perto.