Três réus acusados do homicídio ocorrido na madrugada de 1º de janeiro de 2022 no Santa Delmira, que teve como vítima Alehandro Menezes de Souza, serão julgados pelo Tribunal do Júri Popular nesta terça-feira, 26 de agosto, a partir das 9h.
O julgamento acontecerá sob a presidência do juiz Vagnos Kelly no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, em Mossoró-RN, no Rio Grande do Norte.
Réus no processo nº 0806041-57.2022.8.20.5106
Paulo Pedro da Silva Filho, de 28 anos, lavador de carros
José André da Silva Nascimento, de 37 anos, auxiliar de serviços gerais
Anderson Wendam Mesquita de Lima, de 25 anos, Gato Preto, Mecânico.
O trio foi denunciado pelo assassinato de Alehandro Menezes de Sousa com disparos de arma de fogo. A denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) aponta que o crime foi motivado por vingança e cometido com um recurso que dificultou a defesa da vítima.
O crime teria sido uma vingança por um incidente anterior, em 2016, quando a vítima, Alehandro, teria tentado matar uma pessoa conhecida como "Zaldivar".
Um dos réus, Anderson Wendam, vulgo "Gato Preto", que morava em uma vila de "Zaldivar", teria se unido aos outros dois (José André e Paulo Pedro) para cometer o assassinato.
Segundo o MPRN, os três acusados foram até a casa de Alehandro em um carro preto. Eles teriam chutado e tentado arrombar o portão da residência.
A mãe da vítima (nome resguardado) saiu para a calçada e viu o filho questionando um dos réus, "o que é isso André?". Ela teria reconhecido os réus Paulo Filho e Anderson Wendam portando um cassetete e uma faca. É o que consta nos depoimentos.
Após a discussão, a vítima entrou em casa, mas saiu na sequência. Nesse momento, ele foi perseguido pelo trio que estava no carro e sido atingido por oito disparos de arma de fogo, muitos nas costas, morrendo no local. O Ministério Público destaca que o crime foi praticado sem dar à vítima qualquer chance de defesa.
A denúncia é sustentada por depoimentos de três testemunhas.
O juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros deve iniciar os trabalhos por volta das 9 horas da manhã, com o sorteio dos sete membros do Conselho de Sentença.
Em seguida, deve ser ouvido os depoimentos das testemunhas e, logo em seguida, dos três acusados, que aguardaram julgamento em liberdade.
O promotor de Justiça Dr. Armando Lúcio Ribeiro representa o Ministério Público.
A defesa dos réus está a cargo do Dr. Otoniel Maia de Oliveira Júnior e da defensora pública Dra. Ticiana Doth Rodrigues Alves Medeiros.
Na época da instrução do processo, o MPRN chegou a solicitar prisão preventiva dos réus, porém a Justiça entendeu que os três poderiam aguardar o julgamento em liberdade.