MOSSORÓ, RN — O vaqueiro Aldair José Alves, conhecido como "Barata", de 46 anos, foi sentenciado a 19 anos e 3 meses de prisão pelo assassinato do empresário Henrique José Torres Lopes, ocorrido em 12 de janeiro de 2019. O julgamento aconteceu nesta terça-feira, 19, no Fórum Municipal de Mossoró. Dever ter ocorrido em Jucurutu, porém devido à periculosidade do réu e à influência da vítima, precisou ser desaforado para a Comarca de Mossoró.
O júri, presidido pelo juiz Vagnos Kelly, começou às 9h com o sorteio de sete jurados, sendo quatro mulheres e três homens. Em seguida, seis testemunhas foram ouvidas e a maioria confirmou que Henrique de Barra foi assassinado por Barata. Não revelaram o motivo.
Aldair José Alves, que está preso no Mato Grosso desde 2023, negou a autoria do crime em depoimento por videoconferência aos jurados, afirmando não ter motivo para matar a vítima. No entanto, a acusação apresentou vídeos de "Barata" fugindo do local e o testemunho de moradores que presenciaram o crime.
A tese de acusação, defendida pelo promotor de Justiça Armando Lúcio Ribeiro e pelos advogados assistentes Aneziano Oliveira, Sérgio Magalhães e Camila Yasmin, pediu a condenação por homicídio qualificado. Já a defesa, composta pelos advogados Matheus Bazzi e Raiana Bezerra, trabalhou com a tese de negativa de autoria.
Após os debates, o Conselho de Sentença acatou a tese de acusação em votação secreta, resultando na condenação do réu. A sentença de 19 anos e 3 meses de prisão foi proferida pelo juiz Vagnos Kelly.
O promotor e os assistentes da acusação manifestaram satisfação com o resultado, afirmando que a decisão atendeu aos anseios da família e que a sociedade mossoroense "fez justiça". A filha da vítima, Melissa Lopes, expressou alívio com o veredito, dizendo que "painho agora poderá descansar".
O advogado de defesa informou que irá estudar o resultado para decidir se recorrerá da decisão.