O Abatedouro Frigorífico Industrial de Mossoró (AFIM), em seu auge, chegou a abater 250 bovinos por dia, fora os caprinos e suínos, e hoje não passa de 20 bovinos.
A informação é do atual diretor Alex Valentim. Ele disse que a unidade deveria empregar cerca de 500 pessoas, se os equipamentos das fábricas agregadas não tivessem enferrujada.
“Virado peças de museu”, acrescenta Alex Valentim em entrevista à Rádio Difusora, no Programa Mossoró Hoje nas Ondas do Rádio no dia 24 de dezembro.
Alex disse que que as unidades industriais de fabricação de linguiça, salsicha e mortadela, entre outros, tiveram seus equipamentos e prédios abandonados.
Semana passada, o diretor havia divulgado um balando financeiro onde ele mostra que em 2021 economizou cerca de 1 milhão em relação aos gastos que o executivo teve em 2020.
Nesta entrevista, Alex Valentim disse que vai trabalhar forte em 2022 junto com os demais membros da diretoria para reduzir os gastos da Prefeitura com o AFIM em mais 800 mil.
Para o diretor, é absurdo o quadro que foi encontrado no início de 2021 pela atual administração. Transformaram um abatedouro lucrativo numa unidade que dá prejuízo.
Alex Valentim confirmou que está fazendo os projetos e já abriu os caminhos para conseguir recursos (cerca de 1,8 milhão) em Brasília para iniciar a reestruturação do AFIM.
Disse que se trata de um trabalho lento, mas que possível. Vai recuperar as licenças de comercialização estadual e nacional, reestruturar as unidades fabris agregadas, ampliando o número de abates e consequentemente o número de empregos.
O AFIM 98% pertencem ao Poder Público Municipal, 1% ao Abrigo Amantino Câmara e 1% ao APAE. Foi criado em 1985 para atender Mossoró e região. E enfrenta problemas administrativos desde 2005. Em 2008, o jornalista Carlos Santos criticou os colegas de imprensa por ignorar o que ele chamou de "O fim do AFIM tem alto preço".