26 ABR 2024 | ATUALIZADO 20:04
SAÚDE
LARISSA MACIEL
27/12/2018 18:19
Atualizado
28/12/2018 08:24

Veja como reagir em casos de picada de abelhas

As abelhas atacam quando se sentem ameaçadas em seus exames e reagir gritando, batendo, fazendo qualquer barulho estridente só faz a abelha reagir ainda mais, não precisamente para atacar por atacar, mas por entender que precisa se defender
Em Assu, caso de morte por picada de abelha foi registrada nesta quinta-feira (27).
Cezar Alves

Cerca de 30 enxames são retirados por dia pelo Corpo de Bombeiros em Mossoró no período de estiagem, enquanto no período chuvas o número cai para no máximo cinco casos. Ainda assim, a atenção deverá ser mantida.

O caso do agricultor Francisco Morais da Silva, de 53 anos, e de mais duas pessoas que foram atacadas por abelhas entre as cidades de Assu e Paraú, no final da manhã desta quinta-feira (27), é uma prova da necessidade de manter atenção dobrada.

A vítima e os dois amigos estavam tirando palha de carnauba no Sítio Riacho quando foram atacados.

Negão, como é mais conhecido Francisco Morais entre os amigos, após sofrer as ferroadas, chegou a ser socorrido ao Hospital Regional Nelson Inácio dos Santos, em  Assu, mas já chegou sem  vida.

Segundo diretor do Samu de Mossoró, o médico Dixon Fradique, o que deve ter acontecido é que Negão teria alergia ao veneno da abelha de italiana (Apis Mellifera ou abelha africanizada). 

As abelhas atacam quando se sentem ameaçadas em seus exames e reagir gritando, batendo, fazendo qualquer barulho estridente só faz a abelha reagir ainda mais, não precisamente para atacar por atacar, mas por entender que precisa se defender.

A recomendação do Corpo de Bombeiros de Mossoró quanto ao aparecimento de abelhas nas residências é clara:

“Não fazer barulhos ou movimentos excessivos, não gritar e chamar o mais rápido possível o Corpo de Bombeiros ou outras instituições de Mossoró que fazem a captura nas residências”, afirma o Major Antônio Elton de Queiroz.

O cidadão não deve remanejar a abelha por meios próprios, uma vez que requer roupa adequada e técnicas apuradas de manejo de abelhas com ferrão. 

Quanto aos cuidados após a ferroada, a recomendação do médico veterinário, Wesley Adson, aponta principalmente para o socorro médico com urgência. Esta mesma informação foi reiterada pelo diretor do Samu. 

“A morte por picada de abelha vai muito por questões alérgicas e pelo nível da toxina. Procurar o atendimento médico, lavar o local com água e sabão, retirar o ferrão e colocar sob o local uma compressa de água fria são as primeiras indicações comuns”., diz  Dixon Fradique.


Informações do Ministério da Saúde

Como prevenir acidentes

A remoção das colônias de abelhas situadas em lugares públicos ou residências deve ser efetuada por profissionais devidamente treinados e equipados, preferencialmente à noite ou ao entardecer, quando os insetos estão calmos;

Evite se aproximar de colmeias de abelhas africanizadas Apis mellifera sem estar com vestuário e equipamento adequados (macacão, luvas, máscara, botas, fumigador, etc.);

Evite caminhar e correr na rota de vôo percorrida pelas abelhas;

Barulhos, perfumes fortes, desodorantes, o próprio suor do corpo e cores escuras (principalmente preta e azul-marinho) desencadeiam o comportamento agressivo e, consequentemente, o ataque de abelhas;

Sons de motores de aparelhos de jardinagem, por exemplo, exercem extrema irritação em abelhas. O mesmo ocorre com som de motores de popa;

No campo, o trabalhador deve ficar atento para a presença de abelhas, principalmente no momento de arar a terra com tratores.


Primeiros socorros

Em caso de acidente provocado por múltiplas picadas de abelhas, levar o acidentado rapidamente ao hospital, junto com alguns dos insetos que provocaram o acidente;

A remoção dos ferrões pode ser feita por raspagem com lâminas, e não com pinças, pois esse procedimento resulta na inoculação do veneno ainda existente no ferrão.

Notas

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