29 ABR 2024 | ATUALIZADO 12:17
ECONOMIA
Da redação
23/06/2016 13:00
Atualizado
14/12/2018 04:20

Feijão triplica de preço em Mossoró e consumidores buscam outras opções

Liberação da importação é alternativa do governo para conter as altas que estão assustando a população, que espera redução do preço para voltar a consumir o grão.

Em todo supermercado a cena é a mesma. Pessoas sem acreditar no preço de um dos itens da cesta básica mais presentes no prato do consumidor, o feijão. Muitos olham, reclamam e levam. Outros reduzem a quantidade. Mas a maioria está deixando de levar o produto para casa.

Um impacto tão grande para os consumidores que o Governo Federal busca alternativas para fazer o preço do produto diminuir. A saída vai ser liberar a importação de alguns países para tentar fazer o preço cair nos supermercados. Porque o impacto no custo já está interferindo no hábito dos consumidores.

A mossoroense Creuzenir Ana dos Santos, que trabalha como diarista, quinze dias atrás tomou o primeiro susto. Chegou ao supermercado e deu de cara com o feijão mulatinho, que estava todos os dias na sua mesa, só que custando quase o dobro da sua última compra. Nada menos que R$ 9.

A saída foi pesquisar. No segundo supermercado a constatação de que não era por acaso. Dessa vez achou o feijão por R$ 8,70. Desistiu no terceiro supermercado quando o quilo estava sendo vendido por R$ 10,80. Sem saída, voltou para casa.

O que teria acontecido com o preço do feijão? Sem respostas, Creuzenir voltou uma semana depois para ver se o preço tinha baixado e hoje está tendo que levar um quilo do produto, só que dessa vez mais caro ainda. Teve que desembolsar R$14.

"E o pior é que não é o melhor, a qualidade é muito muito ruim. É uma sensação de terror ter que comprar feijão desse preço", reclama. A solução que ela está encontrando é a mesma de muitos: deixar de comer feijão.

"Não só eu, mas eu, minhas vizinhas, estamos trocando o feijão por cuscuz e batata, até baixar. O feijão agora está sendo usado como tempero". Ou seja, ganhou status de carne, frango e assim vai saindo da mesa do consumidor que não tem condições de pagar seu preço.

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Além do incentivo à importação através da medida que valerá para países como Argentina, Paraguai e Bolívia, o Ministério da agricultura também alerta para que os grandes supermercados busquem as fontes de produção fugindo ao tradicional para negociar melhores valores. México e China também estão sendo avaliados como possibilidade de inclusão na medida anunciada.

O aumento do produto se deve à seca em grande parte dos estados que produzem o grão. Com isso, houve queda na oferta e, com o aumento da demanda, os preços acabaram subindo. O preço do feijão-carioca que chegou a R$ 10 em supermercados de vários estados brasileiros, em Mossoró pode ser encontrado por mais de R$14. 

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