14 MAI 2024 | ATUALIZADO 23:16
ECONOMIA
Da redação / Valor Econômico
09/06/2016 08:13
Atualizado
14/12/2018 04:10

IGP-M dispara e primeira prévia de junho chega a 1,12%

Impulsionado pelo aumento de vários produtos agrícolas e industriais, o índice ficou bem acima da taxa de maio, que foi de 0,59%. Um aumento de quase 90% no valor apurado
Valéria Lima

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na manhã desta quinta-feira (9) a primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) do mês de junho e mostra uma aceleração com valores chegando a 1,12%. Este valor ficou bem acima da taxa apurada no mesmo período de maio, de 0,59%, aumento de quase 90% no índice.

Como tem ocorrido nas últimas divulgações dos IGPs, a forte alta do complexo soja (grão e farelo) e do milho tem pressionado a inflação no atacado, que representa 60% do índice. Esse aumento pode chegar ao varejo, uma vez que os grãos são insumos para ração de frangos, de suínos e, em certa medida, também de bovinos.

O varejo teve boa desaceleração no período, passado o efeito do reajuste dos medicamentos, e também por causa da queda dos preços de alguns alimentos in natura. De acordo com a FGV, a inflação do atacado medida pelo Índice de Preços ao Produtos Amplo (IPA) foi de 1,55% na primerira prévia de junho, depois de marcar 0,65% no mesmo período em maio.

Os preços agropecuários saíram de alta de 1,70% para 3,23% e os produtos industriais deixaram elevação de 0,21% para 0,89%. Os itens que mais pressionaram o IPA foram soja em grão (7,31% para 8,77%), farelo de soja (7,31% para 21,75%), milho em grão (4,17% para 6,05%), cana (0,93% para 3,64%) e leite in natura (2,49% para 4,53%).

No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) - que representa 30% do IGP-M - desacelerou a 0,35% no primeiro decêndio de junho, depois de se situar em 0,58% um mês antes. Metade de suas oito classes de despesa variações mais baixas, com destaque para Aaúde e cuidados pessoais (3,14% para 0,83%), em que medicamentos em geral passou de aumento de 10% para 0,82%.

Transportes (0,19% para -0,28%), Alimentação (0,30% para 0,11%) e Educação, leitura e recreação (0,17% para 0,07%) também cederam com tarifa de ônibus urbano (0,69% para -0,48%), frutas (3,26% para -1,22%) e hotel (1,68% para -0,14%), respectivamente.

Em contrapartida, houve avanços mais marcados em Habitação (0,13% para 0,63%), Despesas diversas (0,03% para 1,47%), Vestuário (1,02% para 1,06%) e Comunicação (0,14% para 0,17%). Essas classes de despesa foram pressionadas pela taxa de água e esgoto residencial (0,00% para 2,87%), por cigarros (-0,02% para 2,74%), roupas (0,89% para 1,30%) e mensalidade para internet (0,41% para 2,40%), nesta ordem.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou de 0,25% para 0,08% de incremento da primeira prévia de maio para a parcial de junho. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu 0,16%, seguindo alta de 0,12%. O índice que representa o custo da mão de obra avançou 0,01%, inferior ao 0,36% de acréscimo apurado na leitura inicial de maio.

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