22 DEZ 2025 | ATUALIZADO 15:52
SAÚDE
Da redação
02/03/2016 11:15
Atualizado
12/12/2018 13:40

Terra volta a tremer na região do agreste Pernambucano

Os tremores de hoje tiveram 58 réplicas, tendo a maior magnitude ocorrido 3 minutos após o evento principal, que foi de 3.3 na Escala Richter.
Cedida: Labsis (UFRN)

Novos tremores foram registrados no município de São Caetano, no agreste pernambucano na madrugada desta quarta-feira (2). Esse novo evento teve magnitude preliminar estimada em 3.3, sendo bem sentido em São Caetano e Caruaru.

As atividades sísmicas em São Caetano tiveram início no dia 23 de fevereiro, com grande número de eventos registrados em um único dia, muitos deles sentidos pela população de Caruaru.

Segundo dados obtidos pelo Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), os tremores de hoje tiveram 58 réplicas, tendo a maior magnitude ocorrido 3 minutos após o evento principal, que aconteceu às 2h19, e atingiu a magnitude 2.2 na Escala Ritcher.

Técnicos do Labis/UFRN estão em São Caetano analisando dados para determinar com precisão os hipocentros e o mecanismo focal.

Eduardo Menezes explica que a região é considerada sísmica, ou seja, periodicamente há tremores no solo, resultados de pequenas falhas geológicas que se movimentam. A energia gerada pela atividade se dissipa até a superfície onde o abalo é sentido.

Por isso, o laboratório da Universidade Federal do Rio Grande do Norte monitora a área. O pesquisador conta que os estudos feitos pela equipe podem ajudar a cidade: “A região não pode deixar de se desenvolver por causa dos tremores. Então, com as informações, podem ser erguidos prédios e estruturas que suportem ocorrências maiores”.

No tremor do dia 23 de fevereiro, alguns moradores reclamaram de rachaduras nas paredes das casas, mas nenhuma ocorrência oficial foi registrada, segundo o coordenador José Ariberto Soares Matos.

O geofísico Eduardo Menezes argumenta que a magnitude do abalo não é suficiente para provocar danos. “O que acontece é que prédios antigos, com a estrutura comprometida ou que a fundação não foi feita corretamente, racham independentemente do tremor. Ele pode até acelerar o processo ou parecer algo maior, mas não é a causa principal”, ensina.

A equipe da universidade está instalando 7 estações sismográficas em São Caetano para acompanhar os tremores com precisão. Cinco já foram implantados. Os outros dois devem ficar prontos até amanhã (3).

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário