05 DEZ 2025 | ATUALIZADO 23:37
ECONOMIA
28/08/2025 14:13
Atualizado
28/08/2025 14:20

[OPNIÃO] Combate ao crime organizado no setor de combustíveis: Um marco histórico para o Brasil

Trata-se do maior golpe já desferido contra o crime organizado nessa área, desmontando estruturas que iam “do poço ao posto”, envolvendo magnatas que se colocavam a serviço de facções e corrompiam a concorrência leal. O impacto desta ação é monumental. Estima-se que o setor de combustíveis perdesse cerca de R$ 29 bilhões por ano em razão de fraudes sistemáticas, adulterações, lavagem de dinheiro e sonegação, conforme dados do Instituto Combustível Legal.
Trata-se do maior golpe já desferido contra o crime organizado nessa área, desmontando estruturas que iam “do poço ao posto”, envolvendo magnatas que se colocavam a serviço de facções e corrompiam a concorrência leal. O impacto desta ação é monumental. Estima-se que o setor de combustíveis perdesse cerca de R$ 29 bilhões por ano em razão de fraudes sistemáticas, adulterações, lavagem de dinheiro e sonegação, conforme dados do Instituto Combustível Legal.
Receita Federal/Divulgação
Por Jean Paul Prates, ex-Presidente da Petrobrás e senador da república

O Brasil testemunhou hoje um marco decisivo no enfrentamento ao crime organizado e na reinauguração da legalidade na distribuição de combustíveis. A megaoperação deflagrada pela Polícia Federal, em cooperação com o Ministério da Justiça, o Ministério da Fazenda e diversas entidades do Estado brasileiro, atingiu em cheio um esquema bilionário que vinha sendo estruturado por facções criminosas no setor.

O impacto desta ação é monumental. Estima-se que o setor de combustíveis perdesse cerca de R$ 29 bilhões por ano em razão de fraudes sistemáticas, adulterações, lavagem de dinheiro e sonegação, conforme dados do Instituto Combustível Legal. Trata-se do maior golpe já desferido contra o crime organizado nessa área, desmontando estruturas que iam “do poço ao posto”, envolvendo magnatas que se colocavam a serviço de facções e corrompiam a concorrência leal.

A resposta firme e articulada do Estado — representada pelo Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo Diretor-Geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues — deve ser celebrada como um ponto de inflexão na história do setor. Ela mostra que o Brasil não aceitará mais conviver com redes criminosas que exploram um dos pilares da economia nacional e prejudicam consumidores, empresas idôneas e a arrecadação pública.

O reflexo imediato da operação já se fez sentir no mercado. As ações das principais distribuidoras de combustível registraram alta, revelando a confiança do setor de que este é o início de uma nova etapa, marcada pela transparência, previsibilidade e segurança jurídica. Entidades representativas da cadeia de combustíveis e bioenergia também se manifestaram em apoio à iniciativa, destacando que o combate às irregularidades abre espaço para a concorrência saudável, para investimentos e para a construção de um ambiente econômico mais justo.

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Este não é apenas um episódio policial, mas um marco civilizatório. É a demonstração de que, quando o Estado age de forma coordenada e determinada, a sociedade inteira colhe os frutos.

Ao combater o crime organizado, o Brasil reafirma sua soberania, protege os trabalhadores honestos e fortalece a confiança no setor energético como base para o desenvolvimento sustentável.

Fica aqui o nosso reconhecimento e agradecimento a todos os agentes públicos envolvidos nesta operação histórica — ministros, forças policiais, equipes de investigação e as diversas instâncias da administração pública que atuaram de maneira exemplar. Que esta seja apenas a primeira de muitas vitórias contra aqueles que insistem em corroer, pelas sombras, o futuro do país.

Jean Paul Prates é Mestre em Política Energética e Gestão Ambiental pela Universidade da Pensilvânia e Mestre em Economia da Energia pelo IFP School (Paris). Foi presidente da Petrobrás (2023–2024) e Senador da República (2019–2023).

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