05 DEZ 2025 | ATUALIZADO 09:37
ECONOMIA
24/08/2025 13:56
Atualizado
24/08/2025 14:11

Missão do SEBRAE traz produtores do Pará para intercâmbio na Expofruit 2025

Os produtores do Pará demonstraram grande interesse em aplicar as tecnologias vistas no Rio Grande do Norte em suas regiões, como o uso de drones para pulverização e o sistema de filtragens para o plantio de novas culturas como mamão e acerola. "A troca de experiências permitiu identificar técnicas de manejo, estratégias de produtividade e soluções adaptadas às condições climáticas e de mercado", explicou Kling Simões.
Os produtores do Pará demonstraram grande interesse em aplicar as tecnologias vistas no Rio Grande do Norte em suas regiões, como o uso de drones para pulverização e o sistema de filtragens para o plantio de novas culturas como mamão e acerola. "A troca de experiências permitiu identificar técnicas de manejo, estratégias de produtividade e soluções adaptadas às condições climáticas e de mercado", explicou Kling Simões.
Kling Simões

Mossoró, RN – Uma comitiva de 15 produtores rurais e representantes do Governo do Pará, liderada pelo SEBRAE, realizou uma visita técnica ao Oeste do Rio Grande do Norte para conhecer as inovações do agronegócio local e participar da Expofruit 2025. O intercâmbio, idealizado pelo consultor Kling Simões, teve como objetivo principal fortalecer a fruticultura e o agronegócio sustentável em ambas as regiões.

A agenda da comitiva, proveniente das cidades de Santarém, Belterra, Alenquer, Monte Alegre e Prainha, começou com a visita a propriedades rurais da região, onde puderam conhecer de perto o cultivo de frutas como banana, acerola, uva, coco, limão e mamão. O grupo teve acesso a tecnologias avançadas como irrigação automatizada, fertirrigação, sistemas de filtragens, e até mesmo uma biofábrica “on Farm”.

Os produtores do Pará demonstraram grande interesse em aplicar as tecnologias vistas no Rio Grande do Norte em suas regiões, como o uso de drones para pulverização e o sistema de filtragens para o plantio de novas culturas como mamão e acerola.

"A troca de experiências permitiu identificar técnicas de manejo, estratégias de produtividade e soluções adaptadas às condições climáticas e de mercado", explicou Kling Simões.

Após a visita de campo, a comitiva seguiu para a Expofruit, onde puderam dialogar com produtores locais e fornecedores de insumos e equipamentos. O encontro foi considerado uma valiosa oportunidade de networking, com potencial para prospecção de parcerias comerciais.

A iniciativa foi amplamente elogiada pelos participantes. “Esse tipo de intercâmbio amplia a visão dos produtores, traz novas perspectivas de manejo e abre caminhos para inovação e melhoria da competitividade no campo”, resumiu Paulo Dirceu, gerente do SEBRAE do Oeste do Pará. O evento reforçou a importância do conhecimento e da troca de vivências para o desenvolvimento do setor.

Opinião

Os produtores das duas regiões podem e devem trocar experiências para crescerem juntos, mas não por cultivarem os mesmos produtos, e sim pelas diferenças entre si. O intercâmbio de conhecimento é valioso exatamente porque as realidades climáticas e de solo são opostas, exigindo tecnologias e estratégias de manejo muito diferentes.

Análise dos cultivos e desafios

Oeste do Pará: O agronegócio é dominado pela produção de grãos como soja e milho, em um clima equatorial com alta pluviosidade e umidade. A fertilidade dos solos exige correção, e os desafios incluem o manejo de doenças tropicais e a logística de escoamento da produção em grande escala.

Oeste do Rio Grande do Norte: A região é um polo de fruticultura de exportação, focada em culturas como melão, melancia e mamão, em um clima semiárido. O diferencial está na alta insolação constante e no uso de tecnologia de ponta, como a irrigação por gotejamento, para compensar a escassez de chuvas.

A troca de experiências entre eles é um aprendizado complementar.

O que o Oeste do Pará pode aprender com o Oeste do RN?

A principal lição para os produtores do Pará é a tecnologia de irrigação e a gestão de água. Mesmo em um clima chuvoso, a automação e a eficiência no uso da água para a fertirrigação, tão dominadas no Oeste potiguar, são cruciais para otimizar a produtividade e garantir colheitas mesmo em períodos atípicos de seca. Além disso, a expertise do Rio Grande do Norte em logística, padronização e pós-colheita para exportação de frutas é um conhecimento fundamental para quem busca agregar valor.

O que o Oeste do RN pode aprender com o Oeste do Pará?

Os produtores potiguares podem se beneficiar do conhecimento dos paraenses em manejo de culturas de grãos em grande escala, diversificando suas atividades e fortalecendo a economia local. A experiência do Pará em lidar com um ecossistema tropical, além de suas soluções para o transporte e escoamento de grandes volumes de commodities, também pode servir como referência para projetos futuros.

Em resumo, a visita técnica não se trata de copiar o que o outro faz, mas de absorver a vivência, os erros e acertos de um modelo de sucesso em um ambiente completamente diferente. Essa troca de sabedoria é o que molda a inovação e o crescimento mútuo.

Notas

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