O Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2025 consolidou-se como um dos maiores eventos juninos do Brasil, movimentando R$ 366 milhões na economia local e recebendo uma nota de aprovação de 9,51 do público. Os dados são de duas pesquisas realizadas pelo Instituto Fecomércio/RN e divulgadas nesta sexta-feira (1º), no Palácio da Resistência, em Mossoró-RN.
Os números econômicos ressaltam a grandiosidade do evento, que, na gestão do prefeito Allyson Bezerra, alcançou destaque nacional e é agora apontado como a terceira maior festa de São João do país, ao lado de Caruaru–PE e Campina Grande–PB.
"São dados que conferem notoriedade a todo o trabalho desempenhado pelas nossas equipas nos últimos anos e que nos ajudam a compreender, de facto, o impacto real do São João de Mossoró", afirmou o prefeito. O presidente da FECOMERCIO, Marcelo Queiroz, enalteceu a organização do evento, como meio principal pela consolidação e crescimento econômico.
Ao MH, o presidente Marcelo Queiroz falou que este tipo de organização, com a pujança comprovada pela pesquisa, aponta que outros municípios do Estado, pode compartilhar do que foi projetado e colocado em prática em Mossoró, para fortalecer seus eventos e também conseguir resultados tão significativos para seu comércio.
O presidente do Sindilojas, Michel Frota, destacou que um evento do porte do MCJ alcança e beneficia também as cidades vizinhas. Ele conta que o cidadão que vem para uma festa em Mossoró, muitas das vezes compram roupa em sua cidade, fortalecendo o seu comércio. Observa que este é o cenário para Areia Branca, Serra do Mel, Upanema, Governador Dix Sept Rosado, Baraúna, Grossos, Tibau, entre outras cidades até de outros estados.
A pesquisa também destacou um aumento significativo de público vindo do Ceará, com o dobro de visitantes da capital Fortaleza, que injetaram mais de R$ 16,7 milhões na economia do evento. Este fator, é um indicativo de que no próximo ano, a publicidade do MCJ vai se voltar ao público do Ceará, com lançamento da festa na capital alencarina.
O vereador Thiago Marques disse que diante do que foi apontado pela pesquisa, já vai preparar uma proposta para ser aprovado na Câmara Municipal no sentido de que no próximo ano o prefeito Allyson Bezerra já tenha as condições legais para levar o lançamento do MCJ também para a capital fortaleza e, assim, atrair mais pessoas para a festa em Mossoró.
Michelson Frota chama atenção, dizendo que não se trata do MCJ concorrer com Campina Grande, na Paraíba, ou, ainda, Caruaru, no Pernambuco. Segundo ele, o que está em questão não é o tamanho, é a organização do evento. É caprichar no que está fazendo para alcançar o melhor resultado possível em termos de segurança, saúde, mobilidade urbana e economia.
A pesquisa de perfil, que ouviu 700 participantes, mostra um público equilibrado em gênero (51% masculino, 49% feminino) e com idade média de 33,1 anos. Cerca de um terço dos participantes (32,7%) tem entre 16 e 24 anos, mas houve um crescimento na faixa etária de 45 a 65 anos, que chegou a 17,3%.
A escolaridade é alta, com mais da metade (50,4%) do público possuindo ensino superior ou pós-graduação. A renda média familiar foi de 4,9 salários-mínimos. Notavelmente, os turistas apresentaram um poder de compra maior, com renda média de 5,6 salários-mínimos, comparada aos 4,4 salários-mínimos dos moradores de Mossoró.
Em 2025, o evento reforçou seu vínculo com a população local, com 55,7% dos participantes sendo residentes da cidade. A maioria dos visitantes (44,3%) veio de outras localidades, principalmente do Rio Grande do Norte (83,9% do público total), com o Ceará sendo o principal estado vizinho, representando 8,6% dos participantes.
O transporte foi predominantemente por carro próprio (62,8% dos visitantes e 50,5% dos residentes), seguido por transporte por aplicativo ou táxi para os moradores locais (30,6%). A maioria do público compareceu em grupos, principalmente com amigos (47,7%).
Apesar da alta aprovação geral, a análise detalhada revela pontos de alerta. A avaliação "ótima" das atrações musicais teve uma queda expressiva, passando de 74,4% em 2024 para 46,3% em 2025. A divulgação do evento também apresentou uma queda significativa na avaliação "ótima", de 69,6% para 57,6%. O preço dos produtos e serviços foi o ponto mais sensível, com 38,6% dos participantes considerando-o "regular".
Por outro lado, o evento foi muito bem avaliado em aspectos como segurança e organização, que receberam altas notas. A estrutura, o acesso e os locais de alimentação também foram aprovados pela maioria do público. A pesquisa de perfil reforça que o MCJ é hoje uma referência em organização, segurança, diversidade cultural e inclusão.