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ECONOMIA
09/04/2024 18:50
Atualizado
09/04/2024 18:56

Autoridades destacam transição energética na inauguração do complexo de Mendubim

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60% da energia gerada no Complexo do Mendubi será consumida pela Alunorte, uma usina de Alumina (matéria prima-do-aluminio), no Estado do Pará. O restante vai ser negociada no mercado livre. Ao todo, são 975 mil placas e 2.560 inversores instalados por 1.600 trabalhadores em 13 usinas estrategicamente localizadas numa área 900 hectares e 300 reservado para preservação ambiental. Com investimento de R$ 2,1 bilhões, das gigantes norueguesas Scatec, Equinor, Hydro Hein/Alunorte.
Imagem 1 -  60% da energia gerada no Complexo do Mendubi será consumida pela Alunorte, uma usina de Alumina (matéria prima-do-aluminio), no Estado do Pará. O restante vai ser negociada no mercado livre. Ao todo, são 975 mil placas e 2.560 inversores instalados por 1.600 trabalhadores em 13 usinas estrategicamente localizadas numa área 900 hectares e 300 reservado para preservação ambiental. Com investimento de R$ 2,1 bilhões, das gigantes norueguesas Scatec, Equinor, Hydro Hein/Alunorte.
60% da energia gerada no Complexo do Mendubi será consumida pela Alunorte, uma usina de Alumina (matéria prima-do-aluminio), no Estado do Pará. O restante vai ser negociada no mercado livre. Ao todo, são 975 mil placas e 2.560 inversores instalados por 1.600 trabalhadores em 13 usinas estrategicamente localizadas numa área 900 hectares e 300 reservado para preservação ambiental. Com investimento de R$ 2,1 bilhões, das gigantes norueguesas Scatec, Equinor, Hydro Hein/Alunorte.

É o que a vista alcança. Ao todo, são 975 mil placas e 2.560 inversores instalados por 1.600 trabalhadores em 13 usinas estrategicamente localizadas numa área 900 hectares e 300 reservado para preservação ambiental. Com investimento de R$ 2,1 bilhões, O complexo de usinas solares do Mendubim com capacidade instalada para 531 megawatts.

Localizada no território do município de Assu, no Vale do Açu do rio Grande do Norte, o empreendimento pertence as gigantes norueguesas Scatec, Equinor, Hydro Hein e Alunorte. No caso, a Alunorte, que é a maior refinaria de alumínio (matéria-prima do alumínio) do mundo fora da China, localizada na cidade de Barcarena, no estado do Pará.

A inauguração aconteceu ao meio-dia desta terça-feira, dia 9 de abril de 2024, com discursos das autoridades enfatizando a preservação do meio ambiente, com previsão de redução de 3 milhões de toneladas de dióxido de carbono na natureza nos próximos 20 anos, na refinaria Alunorte, do Pará, que vai consumir 60% dos 531 megawatts de potência instalada do Mendubim.

Silvio Ferraioli, diretor de suprimentos da Alunorte, disse que atualmente se usa carvão no processamento da usina no Pará. “Historicamente gera energia a custo baixo, então quando conseguimos substituir o carvão por energia limpa, a gente prova que a energia renovável é viável. 60% da energia gerada no Parque do Mendubim representa menos de 20% da energia que a Alunorte precisa para funcionar no Pará.

Terje Pilskog, CEO global da Scatec, defende que Mendubim é um marco da empresa no Brasil. “Esse complexo solar, em pleno semiárido nordestino, é o segundo empreendimento da Scatec no país. O Brasil é um mercado chave para nós e possui um imenso potencial para crescer em energia renovável”, afirma durante discurso na solenidade de inauguração.

Já o recém-empossado country manager da Scatec no Brasil, Aleksander Skaare, considera que o Brasil não apenas se posiciona bem enquanto produtor, mas, ainda, pela qualificação de sua mão de obra especializada no setor das energias renováveis. “O país tem imenso potencial de crescimento em energias renováveis. Já lidera, de longe, esse setor na América Latina, e é um dos principais players internacionais desse mercado. Queremos fazer parte disso”, comenta.

Os representantes das demais empresas, do Governo da Noruega e também do Governo Federal Brasileira, falaram em parceria duradoura. A Equinor, por exemplo, destacou a parceria com a Petrobras na exploração de águas profundas no Brasil, assim como a possibilidade de investir pesado na produção de energia eólica no mar.

A Governadora Fátima Bezerra disse que o presidente Lula havia chamado ela para uma reunião urgente em Brasília, mas deixou de comparecer para prestigiar a inauguração do Complexo do Mendubim. Para ela, este empreendimento foi especial, porque quando ela esteve na Noruega, ao lado de Jean Paul Prates, falaram na mídia que ela havia ido só gastar dinheiro, quando, na verdade estava fechando parcerias importantes.

Ela destacou que a reunião com Lula era para assinar, ela como representante do Consórcio Nordeste, do decreto prorrogando por mais 3 anos os incentivos ao setor de energia renovável. Ainda conforme a governadora, outro fator importante é que há poucos dias foi realizado com grande sucesso o leilão para ampliar as linhas de transmissão, garantindo exatamente os investimentos em energias renováveis no Brasil.

A governadora do Rio Grande do Norte, lembrou do tempo que era deputada federal, que, juntamente com o então ministro da Educação Fernando Haddad (ano de 2005), conseguiu retomar a construções de Institutos Federais no Brasil. Só no Rio Grande do Norte foram construídos 21 novas unidades. Observou que até o final do ano, quer inaugurar outras 10 unidades de capacitação profissional construída pelo Governo do Estado.

Em contato com a imprensa, os investidores reconheceram que encontraram no Rio Grande do Norte terreno fértil para investir. Destaca-se uma região que não terremotos, furacões, ótimos ventos e ótimos raios de sol para gerar energia. Se mostram satisfeito com o cenário que encontraram e falam em ampliar os investimentos no Brasil.

Detalhes do projeto

Situada no município de Assú (RN), a pouco mais de 200 km de Natal e 60 km de Mossoró, o complexo de Mendubim se estende pelo perímetro de 38 quilômetros. Sua construção iniciou em julho de 2022. As primeiras operações comerciais começaram em fevereiro deste ano, pelas Mendubins 11 e 9 e, sequencialmente, as demais foram sendo acionadas, até a última data de início da operação comercial, em março de 2024.

O local está a 6 quilômetros da subestação de energia de Assu 3, que se conecta ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e a área, considerada excelente para a geração de energia solar, tem uma inclinação máxima de 5%.

A composição acionária do projeto contava, inicialmente, com 3 sócios – Scatec, Hydro e Equinor, os quais teriam partes iguais no empreendimento. Mas, desde o início de o mês passado, a Alunorte adquiriu 10% do empreendimento e assumiu o compromisso de comprar 60% da energia produzida.

A empresa firmou um termo de compra de energia (PPA) por vinte anos. A composição se divide agora em 30% para cada um dos sócios iniciais (Scatec, Equinor e Hydro Rein) e 10% para a Alunorte.

Diversidade na obra

Ao longo de sua construção, Mendubim selecionou e capacitou 240 mulheres sem formação profissional para atuarem na área de renováveis, sendo 120 treinadas para montagem dos painéis solares e 120 para atuação em outras qualificações diversas.

A iniciativa foi promovida em parceria com o ITEC – Instituto Tecnológico do Brasil. Esse esforço se somou a outras iniciativas que permitiram à empresa atingir a participação de 30% de mulheres em atividades operacionais e de manutenção dos equipamentos. No Brasil, em todas as áreas, a participação das mulheres da Scatec é de 39% do quadro de funcionários.

Respeito ao meio ambiente

A produção de energia limpa e renovável ao longo dos próximos anos em Mendubim evitará que, aproximadamente, 3 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalentes deixem de ser emitidas na atmosfera. Para além desse marco, várias outras medidas foram tomadas para minimizar o impacto do projeto ao meio ambiente.

Entre elas está a decisão – inédita - da não remoção da camada mais superficial do solo nesse projeto, que é considerada uma inovação de engenharia nas usinas fotovoltaicas. Tradicionalmente, em projetos similares, são retirados 15 centímetros de cobertura do solo. “A ideia, aqui, foi diminuir o impacto ambiental e preservar a microbiologia do solo”, explica o gestor da Scatec.

Da área construída, foram resgatados mais de 6,2 mil animais da fauna originária local. Um esforço de manejo – abrangendo uma equipe de mais de 40 pessoas – que os direcionou para reservas legais na mesma bacia hidrográfica onde se situa Mendubim. A grande maioria (95%) desses animais era composta por cobras, lagartos e tatus. “Também tomamos o cuidado de solicitar a um apicultor local para remanejar as colmeias de abelhas que encontramos na região”, informa Skaare.

Da mesma forma, dois Estudos de Impacto Ambiental e outros dois Inventários Florestais foram conduzidos para se chegar a um projeto de reposição florestal, visando a recuperação de áreas degradas. Isso resultou no plantio de 340 mil mudas diversas, compostas por espécies nativas do bioma Caatinga, para garantir maior biodiversidade, proteção do solo, conservação da água e a redução da erosão na região.

Estrutura do projeto

A construção total compreende 974 mil módulos solares. Inclui, ainda, 2.560 inversores, além de transformadores elevadores de tensão e 83 eletrocentros distribuídos em 31 circuitos de média tensão. Estes foram conectados a uma subestação elevatória, composta por dois transformadores de potência de 280 MVA cada, onde a tensão de operação é elevada para 230 mil Volts, para fins de transmissão.

Os painéis solares são instalados em trackers (estruturas metálicas que os mantêm acima do solo), cujas estacas têm quase 3 metros – dos quais 1,60 metro é cravado abaixo do nível do solo.

Complementam o complexo 54 quilômetros de estruturas de drenagem pelo terreno para escoar a água das chuvas, que chegam a ter uma média próxima dos 120 mm entre janeiro e maio.

Sobre a Scatec

A Scatec é uma fornecedora norueguesa, líder de soluções de energia renovável, que visa acelerar a entrega de energia limpa, de baixo custo, em mercados de rápido crescimento. Como ator de projetos de longo prazo, desenvolve, constrói, detém a propriedade e opera centrais de energia renovável, que somam 4,3 GW, entre plantas em operação ou em construção, em quatro continentes.


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