“Tudo do mesmo jeito, se não pior do que antes”, reclama o sargento PM Almeida Paiva, morador Pousada dos Termas, na região Oeste de Mossoró-RN, mostrando em vídeo o mosqueiro horroroso ocasionado pela Granja AveForte, que fica próximo, e não adota as medidas sanitárias previstas em lei, conforme perícia técnica realizada no local por ordens da Justiça.
No processo que corre na Justiça desde 2017, os moradores ganharam a causa, em sentença assinada em 2019. Na sentença ficou determinado que a Granja AveForte adotasse as medidas exigidas em lei para que as fezes das galinhas não gerassem o mosqueiro nas casas. Entretanto, a empresa não adotou as medidas e o mosqueiro continua causando doenças nas pessoas.
Seguindo o desrespeito a Justiça e a sociedade por parte da Granja Aveforte, o Ministério Público Estado foi acionado pelo advogado Natã Xavier, contratado pelas famílias vítimas do mosqueiro insuportável, a Justiça decretou que a empresa deveria pagar uma multa de mil reais ao dia por cada dia que não cumprisse o que estava determinado em sentença.
Entretanto, numa demonstração que até parece um deboche, a Grande Aveforte, através de seus advogados, apresentou ao juízo do caso nesta quinta-feira, 6, um pedido, no final do último dia do prazo final, para que a multa seja reduzida de mil para R$ 100,00/dia.
O pedido deixa um recado claro no segundo plano: a Aveforte não vai adotar as medidas exigidas em lei para reduzir as moscas e está pronto para pagar a multa, pede que seja de R$ 100,00, o preço do sofrimento de quem mora na região.
O pedido desaforado da Aveforte à justiça deve ser analisado e julgada nos próximos dias pelo juízo do caso. O advogado Natã Xavier disse que acredita na Justiça e que a multa, que já era muito baixa, certamente não será reduzida. Do contrário, “seria humilhante as centenas de famílias que moram naquela região”, diz Natã Xavier (foto abaixo), observando que no mesmo pedido tem a informação falsa de que “praticamente todas as medidas foram adotadas, o que não é verdade, pois as moscas continuam do mesmo jeito ou pior, como testemunha a vítima Almeida Paiva”.
Ainda segundo Natã, a empresa pede a realização de perícias e mais audiências de conciliação, num caso que as vítimas, centenas de famílias, querem apenas que a Lei seja cumprida pela empresa, em sua forma simples, para não viver no terror das moscas e doenças.
Ouvido sobre o caso, em novo vídeo gravado para o MOSSORÓ HOJE, O sargento Almeida Paiva, que encabeçou a batalha em 2017, disse que está muito triste com o tudo. Já são cinco anos de descaso, de demora para que a Justiça adote uma medida eficaz em defesa de tantas famílias da Pousada das Termas e de outros condomínios próximos.