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MOSSORÓ
11/03/2021 15:16
Atualizado
12/03/2021 11:22

"Desespero. É um momento desesperador", diz diretora da APAMIM

Larizza destaca sua preocupação nesse momento da Pandemia, com a escassez de medicamentos e insumos e com a mortalidade de pessoas jovens. A gestora, que é bioquímica, atribui responsabilidades ao Governo Federal
"Desespero. É um momento desesperador", diz diretora da APAMIM. Larizza Queiroz, interventora judicial há seis anos da APAMIM, destaca sua preocupação nesse momento da Pandemia, com a escassez de medicamentos e insumos e com a mortalidade de pessoas jovens. “Uma das nossas preocupações é a questão do abastecimento, de fornecimento de insumos, que nós vivemos isso na primeira onda e nessa segunda onda estamos vendo de novo. O Brasil, por não ter se preparado, o Ministério Saúde, por não estar à frente da organização da Pandemia. Nós estamos padecendo nessa situação, tendo que estados e municípios tomar decisões por conta própria” frisa.

Essas são palavras de Larizza Queiroz, interventora judicial há seis anos da APAMIM, em entrevista a TV Tropical. Larizza fala sobre a gestão do Hospital São Luiz e da Maternidade Almeida Castro, neste momento de pandemia.

Em maio de 2020, a convite do Ministério Público Estadual e do Ministério Público do Trabalho a interventora da Maternidade Almeida Castro assumiu a administração do Hospital São Luiz para a condução da Pandemia.

Larizza destaca sua preocupação com esse momento da Pandemia, com a escassez de medicamentos e insumos e com a mortalidade de pessoa jovens.

“Sabemos que é nacional a gente vê a grande mortalidade dessa doença, a forma que essa doença está se propagando nesse novo momento que estamos vivendo agora, que é totalmente diferente do primeiro, onde está sendo mais susceptíveis pessoas jovens, pessoas na faixa de idade de trabalho, e que está nos preocupando muito” afirma Larizza.

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Para Larizza Queiroz, que é Bioquímica, o Governo Federal deveria ter se preparado para atender a demanda de consumo nacional. Ela entende que o Brasil negligenciou no quesito farmacêutico. E diz que quando não investe em ciência, o povo padece.

“Uma das nossas preocupações é a questão do abastecimento, de fornecimento de insumos, que nós vivemos isso na primeira onda e nessa segunda onda estamos vendo de novo, o Brasil por não ter se preparado, o Ministério Saúde por não está à frente da organização da Pandemia nós estamos padecendo nessa situação, tendo que estados e municípios tomar decisões por conta própria” frisa a interventora.

Confira entrevista completa com Larizza Queiroz


Larizza fala que está numa batalha extrema com todos os estados do País para conseguir compra de insumos e medicamentos "Tá uma corrida louca por um mesmo produto e infelizmente pode ser que venha a ocasionar alguns desabastecimentos de algumas situações” diz.

A gestora destaca que a equipe da maternidade está preparada para tentar resolver o mais rápido possível qualquer problema que venha a acontecer, mas deixa claro que por mais que existam os recursos, muitas as vezes não se tem onde comprar.

“A maternidade está trabalhando exaustivamente na compra aquisição de insumos para os pacientes covid mas, por mais que a gente tente, não tem onde comprar insumos, por mais que se tenha dinheiro não tem onde abastecer, essa é a situação que estamos vivendo hoje” afirma larizza.

Em relação as internações, Larizza lembra que e o Hospital São Luiz está com a capacidade máxima de 45 internados nas UTIs e 15 nas clínicas. “Estamos tentando abrir os outros 5 leitos, mas a falta de bombas de infusão, não está nos permitindo abrir os outros cinco leitos de UTI, por não ter onde comprar bombas de infusão” destaca.

Observa ainda que na maternidade Almeida Castro não tem paciente com suspeita de covid19 e nenhum internamento covid atualmente.

Em sua observação pessoal, Larizza fala que o momento é delicado. “Desespero, é um momento totalmente diferente, desesperador, angustiante para todo e qualquer profissional de saúde, nos angustia a falta de tomada de decisão de alguns governantes que não estão fazendo o que é necessário para evitar que essa tragédia não seja maior ainda” relata.

Larizza finaliza dizendo que diante do quadro de negligência de estado, resta a toda equipe lutar dia e noite para garantir os atendimentos. Pede ainda a atenção, da população, para seguir as normas sanitárias, lembrando mas uma vez que está morrendo muitos jovens “Pedimos a todos que usem máscaras, mantenham o distanciamento social por que agora, não está morrendo só mais idosos, estão morrendo jovens, pais e mães de famílias e isto é o que mais preocupa” finaliza Larizza.


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