23 DEZ 2025 | ATUALIZADO 15:52
MOSSORÓ
ANNA PAULA BRITO
04/01/2021 15:37
Atualizado
04/01/2021 15:38

Secretários farão BO de documentos apagados dos computadores da PMM

Ao chegarem ao Palácio da Resistência nesta segunda-feira (4) a equipe de gestão do prefeito Allyson Bezerra encontrou os computadores apagados, sem registro de documentos ou acesso aos sistemas, que foram deletados. O chefe de gabinete, Kadson Eduardo, que está interinamente na Secretaria de Administração, afirmou que um Boletim de Ocorrência será registrado para averiguar o caso e que os equipamentos serão encaminhados para serem periciados. “Não foram documentos pessoais que foram deletados, foram documentos de total interesse público”, disse ele.
FOTO: ANNA PAULA BRITO

Em coletiva de imprensa, realizada na manhã desta segunda-feira (4), o novo chefe de gabinete da prefeitura de Mossoró, Kadson Eduardo, que está interinamente na Secretaria de Administração, afirmou que será registrado um Boletim de Ocorrência contra a gestão Rosalba.

O motivo é que a nova equipe chegou hoje ao Palácio da Resistência e encontrou todos os computadores apagados. Segundo, Kadson Eduardo, documentos públicos haviam sido deletados dos equipamentos e a equipe sequer teve acesso ao sistema.

Outros secretários e suas respectivas equipes tiveram a mesma surpresa ao chegar aos seus novos postos de trabalho. “Não foram documentos pessoais que foram deletados, foram documentos de total interesse público”, disse o chefe de gabinete.

Ainda segundo Kadson Eduardo, o delegado responsável já foi avisado do problema e o BO está para ser registrado. Em seguida, os equipamentos deverão ser encaminhados para serem periciados.

“Estamos fazendo um levantamento de provas que mostrem que os documentos foram apagados e, com isso, registrar o boletim de ocorrência. Isso que aconteceu não prejudica a gestão Allyson Bezerra, prejudica a prefeitura de Mossoró e todo o povo mossoroense. Pois não temos acesso, sequer ao conteúdo de um decreto anterior que foi publicado no município”, explicou.

COLETIVA

Também participaram da coletiva de imprensa o prefeito Allyson Bezerra e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Franklin Filgueira, o Procurador-Geral, Raul Santos, o Controlador-Geral, Claudemberg Emídio, o Consultor-Geral, Humberto Fernandes, e o secretário da Fazenda, Ivo Franklin.

Estes últimos prestaram esclarecimentos à imprensa sobre os oito decretos publicados no Jornal Oficial de Mossoró (JOM), do sábado (2). O decreto nº 5.939/2021 determina o estado de calamidade administrativa e financeira do município.

Allyson Bezerra abriu a coletiva e, em seguida, teve que se ausentar para resolver outras questões do município.

Em sua fala, reafirmou que sua gestão será pautada na transparência, tanto para com a imprensa, quanto com relação à população de Mossoró. Por este motivo, havia convocado a coletiva, para que a população entendesse o que de fato estava acontecendo na cidade.

Lembrou que vai honrar todos os compromissos que ficaram pendentes, incluindo o pagamento dos salários atrasados dos servidores, que foram deixados pela gestão anterior.

“Não vamos tentar responsabilizar quem deixou o problema, nós vamos enfrentá-lo. Mas a população vai saber tudo que foi deixado de errado. Será uma gestão totalmente transparente”, afirmou.

EXONERAÇÃO DE SERVIDORES EM FUNÇÕES GRATIFICADAS

Consultor-Geral, Humberto Fernandes informou que já foram exonerados 107 servidores efetivos que exerciam funções gratificadas. A intenção é fazer os devidos ajustes para não haver desperdício de dinheiro público.

Explicou que só podem exercer função gratificada aqueles que assumem cargos de chefia, direção e assessoramento, não sendo estes os casos, a gratificação em cima do salário base fere a constituição federal.

Servidores cedidos para outros órgãos também deverão retornar aos seus cargos de origem. Isso se faz necessário porque a gestão não teve acesso a lista de servidores que foram cedidos, nem para quais órgãos e muitos menos o que legalizou essa cessão.

Um outro problema destacado pelos secretários foi que a nova equipe de gestão também não teve acesso às contas do município. Não se sabe ao certo o valor que foi deixado em caixa, muito menos quanto o município deve.

“Não foram entregues as folhas de pagamento não quitadas do município. Foi negado o acesso a esses dados. Não sabemos a quem o município deve e quanto deve, para conseguirmos realizar esses pagamentos”, explicou Claudemberg Emídio.

Kadson Eduardo ainda afirmou que “foi repassada uma falsa informação de que havia uma grande quantidade de recursos em caixa. Levantamento preliminares mostra que a dívida está na casa de centenas de milhões”, disse.

A coletiva completa pode ser conferida no vídeo abaixo:


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