22 DEZ 2025 | ATUALIZADO 15:52
MOSSORÓ
ANNA PAULA BRITO
10/12/2020 13:22
Atualizado
11/12/2020 15:04

Dona de casa se emociona ao falar da falta de água na Maisa, em Mossoró

A equipe do Portal MOSSORÓ HOJE e o repórter Joãozinho GPS estiveram na Comunidade Maisa, distante cerca de 28km do Centro de Mossoró, na manhã desta quinta-feira (10). A pauta foi a constante falta de água no local. Dentre os relatos, o que mais chamou a atenção foi o da dona de casa Maria Elenice, que fez um apelo para que as autoridades forneçam o básico para a sobrevivência dos moradores: água.
FOTO: CEZAR ALVES

Nesta quinta-feira, 10 de dezembro de 2020, a equipe do Portal MOSSORÓ HOJE e o repórter Joãozinho GPS estiveram na Comunidade Maisa, distante cerca de 28km de Mossoró.

Apesar de ser parte do segundo maior município do Rio Grande do Norte, os moradores da comunidade se sentem abandonados pelo poder público. Na pauta de hoje, tratamos da constante falta de água, um problema antigo enfrentado por quem vive no local.

Ao contrário do que acontece no município e em algumas comunidades rurais, o fornecimento de água na Maísa não é feito pela prefeitura e nem pela Caern. Tanto a vila central quanto as demais, são abastecidas por poços próprios e a distribuição é feita pela associação comunitária.

Hoje (10), faz 8 dias que a bomba do poço da vila central quebrou e a comunidade está sem água e sem previsão de quando o problema será resolvido. Problema este, que afeta quase 20 mil pessoas que vivem por lá.

Em algumas unidades que compõem a Maísa o problema é ainda pior, porque quando tem água, ela é salgada e imprópria para o uso.

Na UR3, também conhecida como “vila dos sem teto”, conversamos com a família de Severino Alberto de Oliveira, que contou que todos os dias precisa se deslocar até a Cacimba Funda, na divisa com o estado do Ceará, para conseguir água doce. São 11 km percorridos diariamente, para obter o básico: água.

Emocionada ao falar com a reportagem, Maria Elenice Felipe da Silva, esposa de Severino, explicou que apesar da luta que é fazer esse percurso todos os dias, a família dela, pelos menos, ainda têm essa opção para conseguir água, mas muitos de seus vizinhos sofrem tendo que utilizar a água, mesmo salgada, para sobreviver.

Conta que é uma situação muito difícil, porque esta água não serve para cozinhar, para consumir, lavar roupas e muito menos para tomar banho, pois como é salgada, causa coceiras pelo corpo.

A dona de casa fez um apelo ao poder público para que alguém tome providências quanto ao problema. “Se alguém pudesse nos ajudar a conseguir água doce seria muito bom, diminuiria um pouco o nosso sofrimento”.

“Esse é o nosso precioso líquido que a gente tem que batalhar todos os dias pra ter em nosso dia a dia com a família da gente, pra beneficiar, cozinhar, tomar banho, pro consumo diário. É uma desumanidade no país onde nós vivemos. Peço que as autoridades competentes olhem pra isso com mais rigor, com mais carinho, que vejam a necessidade que nós passamos hoje aqui, devido a esse precioso líquido que nós não temos com qualidade. A gente precisa, pra sobreviver, fazer esse sacrifício que eu faço e muitos outros aqui fazem”, completou Severino.


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