01 DEZ 2024 | ATUALIZADO 10:08
SAÚDE
Da redação
18/03/2015 16:22
Atualizado
13/12/2018 21:51

Ministro confirma que deputados são achacadores e pede demissão

A+   A-  
Cid disse que deputados aliados que não defendem o governo devem largar o osso

Após polêmicas com o Congresso Nacional, o ministro da Educação, Cid Gomes, pediu demissão hoje (18). A demissão foi aceita pela presidenta Dilma Rousseff.  Ainda não há mais detalhes sobre a substituição de Gomes na pasta.

"O ministro da Educação, Cid Gomes, entregou nesta quarta-feira, 18 de março, seu pedido de demissão à presidenta Dilma Rousseff. Ela agradeceu a dedicação dele à frente da pasta", diz a nota divulgada pela Secretaria de Imprensa da Presidência.

Comunicação

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi comunicado pela Casa Civil da Presidência da República sobre a demissão do ministro da Educação, Cid Gomes.

O ministro estava há pouco no Plenário da Câmara, onde foi chamado para explicar declaração de que haveria "300 ou 400 achacadores no Congresso".

O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que o ministro vai conversar com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Muitos líderes cobraram a saída do ministro do cargo, depois que ele manteve as declarações de que alguns deputados seriam “achacadores”.

Explicando-se aos deputados, Cid Gomes disse que há deputados que “criam dificuldades para obter facilidades”, pediu desculpas a quem se sentiu ofendido, mas partiu para o ataque, cobrando lealdade dos deputados da base e apontando ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

 

Cid disse que deputados aliados que não defendem o governo devem largar o osso

O ministro da Educação, Cid Gomes, disse há pouco que os parlamentares da base do governo que não votam de acordo com a orientação do Planalto devem “largar o osso” e ir para a oposição.

“Partidos de oposição têm o dever de fazer oposição. Partidos de situação têm o dever de ser situação ou então larguem o osso, saiam do governo”, afirmou.

De acordo com Gomes, se for ver a quantidade de deputados e deputadas que compõem as bancadas partidárias e que participam com ministérios no governo vai “se identificar facilmente que, teoricamente, o governo teria uma grande maioria nesta Casa. É só somar”.

Cid Gomes participa de comissão geral na Câmara para explicar a declaração de que haveria no Congresso “300 ou 400 achacadores” que se aproveitam da fragilidade do governo.

Durante visita à Universidade Federal do Pará no mês passado, Cid Gomes teria dado a seguinte declaração: “Tem lá [no Congresso] uns 400 deputados, 300 deputados que, quanto pior, melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas”.

Gomes comentou que sempre teve “profundo respeito pelo Legislativo”. A consideração, porém, não quer dizer que “concorde com a postura de alguns, de vários, de muitos, que mesmo estando no governo, os seus partidos participando do governo, têm uma postura de oportunismo”.

Notas

Tekton

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário