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SAÚDE
Da redação
09/05/2015 10:15
Atualizado
12/12/2018 09:56

?Foi meu presente do dia das mães?, diz mãe de Gabriel

Carla Mesquita disse que o filho Gabriel nunca foi no Nogueirão e quer empenho da Polícia para prender os outros envolvidos na morte do filho

“Foi meu presente do dia das mães”, disse Carla Lopes de Mesquita ao saber da prisão do principal suspeito de ter assassinado o seu filho, o estudante Gabriel Lopes Mesquita, de 18 anos, às 20h30 do dia 5 de abril de 2015 na Praça Bento Praxedes, no Centro de Mossoró.

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Gabriel, que trabalhava na Lojas Renner no Partage Shopping e sonhava em ser engenheiro, segundo apurou os policiais da Delegacia de Homicídios de Mossoró, foi morto com tiros a queima roupa disparados por Antônio Leandro Simões, 22, que estava acompanhado de outros três suspeitos.

Antônio Leandro, que segundo a delegada Liana Aragão que coordena as investigações, foi reconhecido pelas testemunhas oculares do crime. O próximo passo dos policiais é identificar e prender os demais envolvidos. “Estamos trabalhando forte neste sentido”, diz a delegada.

As investigações estão sendo acompanhadas pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Mossoró (CDH/OAB-Mossoró).

“Vamos acompanhar cada passo das investigações na Delegacia de Homicídios e também na tramitação do processo na Justiça”, destaca o advogado Osivaldo de Sá Leitão, lembrando que ao contrário do que se divulgou, Gabriel não tem qualquer envolvimento com ilícitos.

O presidente da CDH/OAB-Mossoró, advogado Diego Tobias, observa com preocupação o que tem sido divulgado nos blogues, jornais, rádios e TVs sobre Gabriel Lopes. Osivaldo de Sá Leitão também se mostra muito preocupado com o quadro.

“Eles parecem se esforçar para dizer que Gabriel tem "envolvimento", que faz parte de torcida organizada. Buscam esta declaração até forçando a barra, mostrando fotos de outras pessoas e afirmando ser Gabriel para estranhamente merecer ser morto”, diz o advogado Osivaldo de Sá Leitão.

“Meu filho nunca foi no Estádio Nogueirão e mesmo que fosse isto não é razão para terem matado”, completa Carla Mesquita, acrescentando que no dia que teve briga das “torcidas organizadas” em Mossoró Gabriel Lopes estava em casa. “Foi ele que fez o almoço naquele dia”, afirma.

Junto com a CDH/OAB-Mossoró, Carla e Solon Mesquita consideraram que a prisão de Antônio Leandro é o primeiro passo para a justiça ser feita no caso do assassinato do estudante Gabriel. Entretanto, não vão descansar enquanto os demais envolvidos forem presos.


A “Lei do Silêncio” prejudica investigações

A delegada Liana Aragão fala que existe uma dificuldade para se conseguir informações sobre os assassinatos com o perfil do caso Gabriel. As testemunhas temem falar. São vários crimes que estão sendo investigados com este perfil que todos comentam na rua, mas na hora de prestar depoimento, seja na Delegacia ou em juízo, as testemunhas se calam.

 

Obs: Fotografia acima foi feita semana passada quando Solon e Carla procuraram a CDH da OAB Mossoró para pedir acompanhamento no caso, assim como orientação de como poderiam proceder para acompanhar as investigações.

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