08 DEZ 2025 | ATUALIZADO 17:35
POLÍCIA
04/08/2025 17:03
Atualizado
05/08/2025 14:00

Acusados de matar Zé Vieira em Campo Grande-RN vão a Júri nesta terça em Assu-RN

O agropecuarista Zé Vieira foi brutalmente assassinado há quase 20 anos e o MPRN havia denunciado 9 réus deste crime, porém, no júri desta terça-feira, 5, serão julgados apenas cinco: Neto de Waldomiro, João de Antenor, Bartô, Betinho e Bemá. Apontado como mentor do crime, o agropecuarista Antônio Veras foi morto há 15 anos. Da lista de denunciados neste processo, teve outro que foi morto e dois que não foram levados a Juri Popular.
O agropecuarista Zé Vieira foi brutalmente assassinado há quase 20 anos e o MPRN havia denunciado 9 réus deste crime, porém, no júri desta terça-feira, 5, serão julgados apenas cinco: Neto de Waldomiro, João de Antenor, Bartô, Betinho e Bemá. Apontado como mentor do crime, o agropecuarista Antônio Veras foi morto há 15 anos. Da lista de denunciados neste processo, teve outro que foi morto e dois que não foram levados a Juri Popular.
Foto Pedro Henrique

Assu, RN – O Tribunal do Júri Popular da Comarca de Assú-RN se reúne a partir das 9h desta terça-feira, 5 de agosto de 2025, para julgar cinco dos nove réus acusados do assassinato de José Reis de Melo, conhecido como Zé Vieira. O crime, de grande repercussão, ocorreu em 22 de maio de 2006, no Sítio Gangorrinha, em Campo Grande-RN. A sessão será presidida pelo juiz Arthur Maia do Nascimento, que conta com reforço policial no local do júri.

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), representado pelo promotor de Justiça Alexandre Gonçalves Frazão, é o autor da acusação.

Os réus que serão julgados são:

Francisco Gonzaga Neto, o Neto de Waldomiro (preso em Goiás)

Humberto Alves Saldanha, o João de Antenor (preso em Mossoró)

Francisco Ubetanio Pereira Fernandes, o Betinho (em liberdade)

Francisco Wbemax Pereira Fernandes, o Bemá (em liberdade)

Bartogaleno Alves Saldanha, o Bartô (preso semiaberto)

A defesa dos réus será composta pelos advogados Dr. Augusto César Pinheiro Saraiva, Dr. José Geraldo Neves, Dr. Floripes de Melo Neto e Dr. Savio José de Oliveira.

O Crime e a vingança

Segundo o MPRN, o assassinato foi um ataque brutal e planejado. A quadrilha, fortemente armada, cercou a casa de Zé Vieira, onde estavam seus quatro filhos, duas adolescentes e um visitante. Eles ameaçaram matar todos que estavam na residência. Em um ato desesperado para salvar a família, Zé Vieira se aproximou da janela e foi fuzilado com dezenas de tiros, inclusive no rosto.

A motivação apontada pelo MPRN seria uma vingança pelos assassinatos de Vicente de Paula Veras Neto e Júlio César Nóbrega Martins Veras, ocorridos em 2003, crime pelo qual Zé Vieira chegou a ser citado, mas foi absolvido por falta de provas.

Outros envolvidos no processo:

O processo também incluía outros réus, mas nem todos serão julgados nesta sessão:

Francisco Martins e Antônio Veras foram assassinados posteriormente. Antônio Veras, ex-prefeito de Campo Grande-RN, era apontado pelo MPRN como o mentor e mandante do crime. Ele foi executado em março de 2010, um dia antes de completar 59 anos, em um triplo homicídio que também vitimou dois policiais que faziam sua segurança.

Francisca Joaquina Alves Saldanha não foi pronunciada para o júri popular, o que, na prática, a absolveu por falta de provas.

Josenilton Garcia da Silva, o Nilton de Aristides, processado por falso testemunho, também não está entre os réus a serem julgados nesta terça-feira.

O MPRN aponta que Neto de Waldomiro, João de Antenor, Bartô e Francisco Martins foram os líderes do ataque, com o apoio de Bemá e Betinho.

Para os debates no Salão do Tribunal do Júri Popular Advogado João Celso Filho, o promotor de Justiça Alexandre Gonçalves Frazão está inscrito no processo representar o Ministério Público do Rio Grande do Norte, detalhando o processo aos sete jurados. Ele arrolou familiares e testemunhas oculares do crime, que aconteceu em maio de 2006, na comunidade de Gangorrinha, zona rural de Campo Grande.

Na defesa, o advogado Sávio José de Oliveira vai defender os interesses dos réus Francisco Wbmax Pereira Fernandes e Francisco Ubetânio Pereira Fernandes (irmãos). Ele afirma que os dois são inocentes e que vai defender tese de negativa de autoria.

Já a defensora pública Lidiane Ferreira Cavalcante está inscrita para defender Bartogaleno Alves Saldanha, o Bartô, que não compareceu ao júri, e Francisco Gonzaga Neto, o Neto de Waldomiro, que está preso no Estado do Goiás. Neto de Waldomiro é réu confesso e entrega Bartô e Humberto.

A advogada Clivia Duarte está inscrita para defender os interesses de Humberto Alves Saldanha, que está preso na Penitenciária Agrícola Mário Negócio e está presente no Juri em Assu.

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