O Secretário Estadual de Saúde, Dr. Alexandre Motta, sugeriu, de público, que a Prefeitura Municipal de Mossoró empreendesse esforços para transformar a Unidade de Pronto Atendimento (UAP), do Bairro Belo Horizonte, em Mossoró, em Hospital Municipal.
A sugestão do secretário veio em resposta a Nota assinada pelo Secretaria Municipal de Saúde, Eng. Almir Mariano, destacando que no final de semana haviam 54 pacientes nas três UPAs aguardando transferência para o Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró-RN.
O quadro caótico, na saúde, segundo Alexandre Motta, é de conhecimento do Governo do Estado, tanto que, segundo ele, no período do governo Fátima Bezerra, o número de leitos de UTI em Mossoró aumentou de 9 para 49 leitos disponíveis.
Destacou investimentos na ampliação da estrutura de leitos de disponíveis também em Assu, Apodi, Pau dos Ferros e Natal, entre outras regiões do Estado. Não comentou sobre a demora para concluir a reforma e ampliação do HRTM, um trabalho que está em andamento.
Mesmo com os investimentos na ampliação dos leitos, segunda Nota divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde, durante o final de semana haviam 54 pacientes aguardando vaga para ser transferido para o HRTM, um cenário caótico, denunciado há vários dias pela população.
No caso, o secretário Alexandre Motta não nega que os leitos ofertados pelo Governo do Estado em Mossoró são insuficientes, mas destacou que o trabalho de assistência a saúde é compartilhado pelo Governo do Estado, Prefeitura Municipal e Governo Federal.
No caso, o paciente tem as UPAs como porta de entrada no sistema SUS, é transferido para estabilizar o quadro no hospital do estado (HRTM) e depois deveria seguir para o segundo tempo do tratamento num hospital municipal, o que não existe em Mossoró.
Enfatizou que Mossoró poderia transformar os leitos de psiquiatria em leitos clínicos e que o correto, já que a UPA do BH não é credenciada ao SUS, poderia ser transformada em hospital municipal, e que o Governo do Estado realizaria diligência para credenciar no SUS, e, assim, o município de Mossoró ter mais leitos clínicos e receber mais recursos para custear a saúde.
Veja o que diz mais o secretário Alexandre Motta Câmara.
O prefeito Allysson Bezerra, em contato com a imprensa, no início de 2025, declarou que a construção e instalação de um hospital municipal e a construção de um novo Nogueirão seriam as duas prioridades neste início de segundo mandato.
O prefeito destacou que investe na construção de 15 UBS, em parceria com a senadora Zenaide Maia, quatro CAPs e uma Policlínica de grande porte, o que, segundo ele, vai agilizar o diagnóstico e permitir um tratamento mais rápido, eficiente e menos doloroso ao paciente.
O caos na saúde em Mossoró, tanto na rede municipal como estadual, não deveria existir. Bastava apenas que a bancada federal do Rio Grande do Norte destinasse para Mossoró um percentual proporcional a população da região Oeste da emenda de Bancada, que este ano foi de R$ 528 milhões.
O mesmo valor foi destinado pelo Governo Federal para o Rio Grande do Norte em 2024, assim como nos demais anos, sem que estes recursos sejam aplicados na região de Mossoró, nem ao menos, um percentual correspondente a população da região.