O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (SINMED), Geraldo Ferreira, alerta que caos pode se instalar na saúde a partir da próxima sexta-feira, 1º de dezembro de 2023, nos hospitais regionais da Capital e de Mossoró.
O Governo do Estado, através de sua assessoria, informa que a Secretaria Estadual de Saúde (SESAP) e a direção dos hospitais estão negociando com as empresas médicas. No que se refere ao Hospital Regional Tarcísio Maia, trabalham para os médicos retornarem.
Enquanto a situação não se resolve entre Governo do Estado e médicos, quem sofre são os pacientes. O depoimento abaixo é chocante.
Geraldo Ferreira diz que, no momento que o Governo do Estado deixa de pagar as empresas terceirizados por mais de noventa dias, já configura o quadro de inadimplência, o que, segundo ele, impõe sérias dificuldades aos médicos para honrrarem seus compromissos.
Em nota, o Sinmed informa nesta quarta-feira que recebeu ofícios dando conta da possibilidade de paralisações de atendimento quase generalizadas a partir de 1º de dezembro, nos hospitais Maria Alice, Santa Cataria e Hospital Regional Tarcísio Maia.
O Sinmed denuncia que estão em situação de inadimplência os Pediatras do Hospital Maria Alice, Obstetras e Pediatras do Hospital Santa Catarina, em Natal. Acrescenta que no Hospital Tarcísio Maia, em Mossoró, são os Clínicos e Anestesiologistas.
Em Mossoró, Ronaldo Fixina, da Clínica de Anestesiologia de Mossoró (CAM), confirma que a situação é insustentável. No caso, o Governo do Estado estaria devendo os meses de março, abril, maio e junho, além de julho, agosto, setembro e outubro.
Com relação aos meses de março, abril, maio e junho, Ronaldo Fixina diz que os profissionais não abrem mão de receber estes valores agora em dezembro, do Governo do Estado, com juros e correção monetária. Vê o quadro como insustentável.
Inclusive, está agendado para acontecer uma assembleia às 19h30 desta quarta-feira, 29, na sede da CAM, em Mossoró, para discutir a questão.
Os médicos clínicos gerais não se pronunciaram a respeito, porém, alguns médicos em contato com o MOSSORÓ HOJE, disseram que concordam com os anestesiologistas e também estudam a possibilidade de também exigir o pagamento com juros e correção monetária.
Já em Natal, Geraldo Ferreira, do Sinmed aponta duas providências urgentes: concurso público para repor o quadro médico da rede Estadual de Saúde e “pagamento em dia aos prestadores, dentro do limite de 90 dias, para não configurar situação de inadimplência” como se encontra.