20 MAI 2024 | ATUALIZADO 08:10
POLÍTICA
Cézar Alves
31/10/2022 23:43
Atualizado
01/11/2022 00:27

Alexandre de Moraes determina que PRF retire bolsonaristas das BRs brasileiras

No caso de desobediência, Morais determina multa de 100 mil para o diretor geral da PRF e até prisão em flagrante se insistir. Os Motoristas de caminhão e simpatizantes de Bolsonaro fecharam dezenas de rodovias na região Sul, orientando os demais seguidores do presidente não reeleito para fazer movimentos em frente aos batalhões do Exército exigindo que seja aplicado o Artigo 142, ou seja, um golpe de estado (interpretação equivocada, segundo o MPF), para evitar que Lula reassuma a Presidência do Brasil, cargo este que foi eleito pelos brasileiros assumir a partir do primeiro dia de Janeiro de 2023.
No caso de desobediência, Morais determina multa de 100 mil para o diretor geral da PRF e até prisão em flagrante se insistir. Os Motoristas de caminhão e simpatizantes de Bolsonaro fecharam dezenas de rodovias na região Sul, orientando os demais seguidores do presidente não reeleito para fazer movimentos em frente aos batalhões do Exército exigindo que seja aplicado o Artigo 142, ou seja, um golpe de estado (interpretação equivocada, segundo o MPF), para evitar que Lula reassuma a Presidência do Brasil, cargo este que foi eleito pelos brasileiros assumir a partir do primeiro dia de Janeiro de 2023.
Foto Pop News

O ministro Alexandre de Morais, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e membro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na noite desta segunda-feira, 31, que a Polícia Rodoviária Federal providencie a desobstrução da todas as rodovias federais e, no caso de desobediência, multa de R$ 100 mil reais ao diretor geral da PRF, Silvinei Vasques, inclusive autoriza prisão em flagrante, no caso de desobediência a decisão judicial.

O pedido para desobstruir as rodovias federais partiu da Confederação Nacional dos Transportes, que, em seu relato sustentando o pedido em juízo, apontou prejuízos gigantescos para a sociedade brasileira em função da paralisação patrocinada pelos grandes do agronegócio e também por grandes empresas de transportes, pleiteado crime contra a nação brasileira: um golpe de estado.

O Ministério Público Federal de vários estados também acionou a Justiça para que as rodovias sejam desobstruídas imediatamente, no caso pela PRF, PF e, se caso precisar, usar a força policial dos Estados para garantir o livre trânsito em todas as rodovias. O vice-procurador geral eleitoral, Paulo Gonet, declarou que os bloqueios "atingem o processo eleitoral" e exigiu providencias do TSE.

Os motoristas de caminhões ligados ao agronegócio e transportadoras começaram a fechar as rodovias logo após o resultado final das eleições para presidente, no segundo turno, dando vitória a Luis Inácio Lula da Silva. Eles querem que o Exército invoque o artigo 142 (totalmente equivocados) e dê um golpe na democracia, para o que eles chamam de colocar o País em ordem.

Em áudio e vídeo divulgados nas redes sociais, os líderes do movimento explicam que existem provas (não mostram quais) de que as eleições foram fraudadas, o que não ficou comprovado em hipótese nenhuma pelas organizações independentes do Brasil e do Exterior, acompanhado com o Exercício.

O mais grave, é que a PRF, por ordem direta e por escrito de seu diretor geral, inspetor Silvinei Vasques (no sábado, ele postou pedido de votos em Bolsonaro), realizou uma “operação padrão” nas cidades da região Nordeste, inibindo a presença dos eleitores mais humildes, que votam em Lula, aos locais de votação de 8 horas da manhã até as 15 horas da tarde, quando o ministro Alexandre de Morais o chamou e o obrigou a liberar todas as estradas. Já era tarde, para o eleitor voltar e votar.

A coligação liderada por Lula (que restou vencendo as eleições), denunciou e chegou a pedir a prisão de Silvinei Vasques, por realizar a operação padrão na região nordeste, exatamente onde Lula tem o maior número de eleitores. No Nordeste é de conhecimento público que o cidadão que mora na zona rural não gosta de ser revistado, pois se sente humilhado ao passar pelo famoso “baculejo”. Evitam.

E se a ordem para fiscalizar quem estivesse se dirigindo na direção das urnas no dia da votação, com relação ao fato dos motoristas e patrões fecharem as rodovias, a ordem veio de cima pela desordem. A ordem foi apenas para os inspetores ficarem monitorando, sem fazer absolutamente nada. É o que afirma os próprios inspetores da PRF em diversos vídeos divulgados nas redes sociais durante todo o dia desta segunda-feira, dia 31. Teve caso divulgado pela grande imprensa de tiros na frente da PRF, sem que qualquer providência tenha sido tomada pela autoridade policial na ocasião.

Movimento fechando rodovias por uma parte dos motoristas de caminhão, se espalhou pelo pais. O plano dele, revelado pro eles nos vídeos, é que os seguidores de Bolsonaro se concentrem na frente dos batalhões do Exército, exigindo a aplicação do Artigo 142, exatamente no dia finados, pois, segundo eles, neste dia consegue reunir mais pessoas. Em Natal, a mobilização já está acontecendo em frente ao Batalhão do Exército, assim como em outras cidades que tem batalhões no País.

O silêncio de Bolsonaro após receber a notícia que perdeu a reeleição está contribuindo com o crescimento do movimento pelo golpe militar no País. A imprensa nacional e internacional passou o dia aguardando que Bolsonaro fizesse este pronunciamento, reconhecendo a derrota, em nome da democracia. Não o fez. Os líderes do movimento que está fechando as rodovias são conscientes que estão praticando um crime grave e que Bolsonaro não está liderando o movimento, porque sabe que pode ser preso, assim como eles tem esta ciência.

Na noite desta segunda-feira, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE e membro do STF, determinando que a PRF e as PMs dos Estados desbloqueiem de imediato todas as rodovias federais. Moraes anuncia multa de 100 mil ao diretor geral da PRF, Silvinei Vasques, e autoriza a imediata prisão do mesmo, em caso de desobediência continuada.

O pedido para desobstruir as rodovias federais partiu da Confederação Nacional dos Transportes, que, em seu relato sustentando o pedido em juízo, apontou prejuízos gigantescos para a sociedade brasileira em função da paralisação patrocinada pelos grandes do agronegócio e também por grandes empresas de transportes, pleiteado crime contra a nação brasileira: um golpe de estado. 

O Ministério Público Federal de vários estados também acionou a Justiça  para que as rodovias sejam desobstruídas imediatamente, no caso pela PRF, PF e, se caso precisar, usar a força policial dos Estados para garantir o livre trânsito em todas as rodovias. Em vários estados, já haviam decisões da Justiça Federal como esta de Campo Grande, Corumbá, Coxim e Trés Lagoas, para que a PRF desobstrua imediatamente as rodovias deferais que cortam estas regiões.


Explicando

O procurador da república Fernando Rocha, publicou em seu Twitter: “Art. 359-L. Tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência.” Rocha retuitou o Twitter do colega Wellington Saraiva: "Nenhum artigo da Constituição de 1988 autoriza golpe de estado nem “intervenção militar” (que são a mesma coisa). Nenhum dá poder moderador às forças armadas. Quem cita o art. 142 para esse fim não conhece nada da Constituição ou está de má-fé.

A PRF


A CNN Brasil informou: "O coordenador-geral de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), inspetor Cristiano Vasconcellos, afirmou à CNN que a ordem para a liberação de todas as rodovias do Brasil é “imediata” e que a ação dos agentes que já começaram a operação será “progressiva e rápida”. “A determinação do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal é liberar todas as rodovias federais do Brasil no menor espaço de tempo possível. Imediatamente”, disse ele. O efetivo da PRF está sendo mobilizado e a operação está em andamento."

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