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ESTADO
Da redação
09/12/2018 08:58
Atualizado
14/12/2018 09:49

Jean-Paul Prates questiona competência da 3R para explorar 34 campos do Polo Riacho de Forquilha

Futuro senador disse que a escolha da 3R Petroleum se deu sem o devido conhecimento do seu histórico e das operações que poderiam ter realizado no setor e pediu que a Agência Nacional do Petróleo fique atenta quanto ao caso
O futuro senador  Jean Paul Prates se manifestou nas redes sociais sobre a cessão da participação da Petrobras em um total em 34 campos de produção terrestres, localizados na Bacia Potiguar, para a empresa 3R Petroleum.  Em material já divulgado pelo MOSSORÓ HOJE,  são 34 concessões são campos maduros em produção há mais de 40 anos, e reunidos em um único pacote denominado Polo Riacho da Forquilha, cuja produção atual é de cerca de 6 mil barris de petróleo por dia.

O valor da transação é de US$ 453,1 milhões, sendo que 7,5% desse valor (US$ 34 milhões) deverá ser desembolsado na assinatura, prevista para o dia 07/12, e o restante no fechamento da transação, considerando os ajustes devidos. 

Prates disse que a escolha da 3R Petroleum se deu sem o devido conhecimento do seu histórico e das operações que poderiam ter realizado no setor e pediu que a Agência Nacional do Petróleo fique atenta quanto ao caso e analise detalhadamente os pontos da transação, "sob pena de prevaricação". |nclusive Prates teve um contato com o diretor da ANP, José Fernandes de Freitas, esta semana em Mossoró. Em vídeo (abaixo), ele não tratou exatamente da questão, mas explicou como é o funcionamento da agência e de como ela pode contribuir para as demandas do setor.



Ainda no Twitter, Prates reconheceu que "ciclo de petróleo no RN está fraquejando há tempos, em virtude de teimosias e experiências quanto à formação de empresas locais para suceder a Petrobrás ". E acrescentou: "Não temos mais tempo para erros. Fornecedores, trabalhadores e o Estado não podem estar inseguros quanto ao futuro do setor".
O tema deve entrar na pauta do Senado.  Prates informou que a  Casa deverá solicitar esclarecimentos em breve sobre os critérios de escolha usados pela Petrobras para a cessão de 100% de 32 campos e 50% de outros dois, do Polo Riacho da Forquilha, no RN. "A microempresa 3R Petroleum ofereceu US$ 453,1 milhões e nunca operou um campo", lembra Prates, o que leva a suspeita se realmente esta empresa tem condições de explorar tais campos.

No mesmo caminho, está o Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Rio Grande do Norte (Sindipetro-RN), que além de questionar a 3R Petroleum, avalia as consequências da saída da Petrobrás das atividades de exploração e produção no Estado. Nos últimos anos, em decorrência de uma política que busca concentrar recursos na área do Pré-Sal, a companhia vem reduzindo investimentos no Estado e agora começa a se desfazer de ativos (desinvestimento).

O valor da venda de Riacho da Forquilha, considerando o preço médio do petróleo tipo Brent, aferido em outubro de 2018, corresponde a 6,4 milhões de barris. Dado que a produção média nos 34 campos daquele Polo soma 6 mil barris/dia, a venda corresponde a cerca de três anos de produção, mantida a produtividade atual.

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