03 OUT 2024 | ATUALIZADO 10:27
POLÍCIA
Da redação
09/10/2018 10:15
Atualizado
14/12/2018 10:10

Médica rasga receita de paciente após o mesmo dizer que não votaria em Bolsonaro, denuncia Sindsaúde

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Conforme o boletim de ocorrência confeccionado pelo paciente, a médica rasgou a receita após ele afirmar que não votaria em Bolsonaro para presidente; O Sindicato está acompanhando o caso
Imagem 1 -  Médica rasga receita de paciente após o mesmo dizer que não votaria em Bolsonaro, denuncia Sindsaúde
Governo do RN/Divulgação
Um dia após a conturbada eleição presidencial, a postura de uma profissional de saúde gera preocupação, relata o Sindicato dos Servidores Públicos do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN). Uma médica, infectologista do hospital Giselda Trigueiro, em Natal, teria rasgado a receita de um paciente após o mesmo responder que não votaria no candidato do PSL à presidência, Jair Bolsonaro. A vítima é o aposentado da saúde José Alves de Menezes, que já foi servidor da unidade. 

De acordo com o sindicato, o aposentado de 72 anos é paciente de uma outra médica que não estava na unidade. Após saber que a mesma não estava o aposentado foi encaminhado para essa médica Tereza Dantas, para solicitar uma receita. 

"A infectologista recebeu o idoso e pediu para que aguardasse. Ao retornar com a receita em mãos, perguntou em quem o senhor iria votar, em Haddad ou Bolsonaro. O mesmo respondeu que votaria em Haddad. Após sua resposta, a médica teria dito: “Então pronto, eu vou rasgar sua receita”, rasgou e saiu", informou o sindicato dos servidores em comunicado à imprensa.

Após atitude da profissional com a presença de outros funcionários do hospital, o aposentado procurou o serviço social, que encaminhou para outro médico e assim recebeu a receita. O aposentado procurou o Sindsaúde muito aflito e relatou o caso na manhã desta terça-feira (09).

O Sindsaúde informou que já entrou em contato com a ouvidoria do hospital e já está tomando providência pela via jurídica. A vice coordenadora do Sindsaúde, Simone Dutra e a assessoria jurídica do sindicato acompanharam o aposentado para fazer um Boletim de Ocorrência, na 7ª Delegacia de Polícia Civil, em Natal.

"A postura desta médica é inadmissível! Além de ser um desrespeito e um constrangimento ao aposentado, fica clara a utilização da sua profissão e do serviço público para coagir o voto no seu candidato. O Sindsaúde não tolerará atos como este e já está tomando todas as medidas jurídicas e políticas”, disse Simone.

Boletim de Ocorrência divulgado pelo Sindsaúde-RN:

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