O corpo do morador de rua Manoel Marques da Silva, 45 anos, encontrado morto na última segunda-feira, 29, em Mossoró, está no Serviço de Verificação de Óbito, onde foi recusado inicialmente. Como nenhum familiar apareceu para liberá-lo, o grupo voluntário “Anjos de Deus” decidiu iniciar uma campanha em busca de familiares que possam providenciar um enterro digno para Manoel, que na cidade era conhecido como “Marcos” e
costumava receber fieis na porta de igrejas evangélicas.
Informações obtidas pelo MOSSORÓ HOJE apontam que Manoel é natural do município de Santa Rita, na Paraíba. Os registros analisados pelo portal mostram como endereço dos pais do morador de rua, Luiz Inácio da Silva e Francisca Marques da Silva, a residência de nº 36 no bairro Várzea Nobre, em Santa Rita.
Quem obtiver informações sobre o paradeiro dos familiares de Manoel podem entrar em contato com o grupo Anjos de Deus pelo telefone 84 9 8780-6090.
Apenas familiares do 1º grau podem solicitar a retirada do corpo do ITEP para fins de sepultamento.
O corpo passou por exames na tarde desta quarta-feira, 31, e na manhã desta quinta-feira, 1, segue para a geladeria do Serviço de Verificação de Óbito da Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
Não aparecendo familiares neste intervalo de 30 dias, através de assessoria jurídica, será requisitado à justiça a transferência do corpo para a Faculdade de Medicina, para fins de pesquisas. O Grupo de Anjos de Deus, de Mossoró, fará novos contatos nesta quinta-feira para localizar os país da vítima na Paraíba.
Histórico
Em Santa Rita, Manoel Marques da Silva havia sido condenado a 18 anos de prisão. Ao ser beneficiado com a liberdade condicional veio para Mossoró, onde voltou a cometer crimes e ser preso em 2013, condenado a mais dois anos.
Ele ficou encarcerado até maio de 2016, quando foi solto mais uma vez para cumprir sua pena em liberdade condicional. O juiz Cláudio Mendes Júnior unificou as penas de Manoel Marques da Silva, chegando a um total de 20 anos de reclusão.
O magistrado, ao ser informado sobre a morte de Manoel, determinou que o ITEP providenciasse, em um prazo de até 10 dias, contados a partir desta quarta, 31, a certidão de óbito do morador de rua.