O prefeito Francisco José Junior manteve contatos com o governador Robinson Faria para evitar um novo colapso na obstetrícia em Mossoró, ocasionando em mortes de bebes.
Espera o secretário de Saúde, Ricardo Lagreca e o próprio governador Robinson Faria, em Mossoró, logo no início desta semana, para buscar uma saída para o Hospital da Mulher.
Alegando falta de recursos, desde de 18 de novembro de 2014 que o governo do estado não paga as cinco cooperativas que prestam serviços no Hospital da Mulher, em Mossoró.
Os pediatras e obstetras decidiram parar de trabalhar, fechando a UTI e Unidade Intermediária e UTI adulto do Hospital da Mulher. Último bebê foi transferido neste sábado,14.
Ao parar de fazer parto de alto risco, sobrou para o Hospital Maternidade Almeida Castro, que está sendo reestruturado por uma Junta de Intervenção Federal em parceria com a Prefeitura.
O Hospital Maternidade Almeida Castro, segundo a coordenadora da junta de intervenção Larizza Queiroz, não tem mais como receber mulheres para ter seus filhos.
Antes vista como problema, desta vez o Hospital Maternidade Almeida Castro surgiu como solução. Está com todos os leitos ocupados e precisando de mais.
Devido ao número elevado de partos, a Junta de Intervenção teve que improvisar o que seria os leitos de UTI adulto para funcionar como leitos de apoio a obstetrícia.
Atualmente só é possível receber no Hospital Maternidade Almeida Castro uma mulher com gravidez de alto risco para ter seu filho somente se outra mulher receber alta.
Com o aumento exagerado e repentino no número de procedimentos, o estoque de insumos e medicamentos estão no fim no Hospital Maternidade Almeida Castro.
Esta não é a primeira vez que a obstetrícia entra em colapso em Mossoró. No mês de agosto de 2014, o Hospital Maternidade Almeida Castrou parou de funcionar.
Toda a demanda de partos foi para o Hospital da Mulher, que, sem espaço, médico, medicamento e insumos, não teve como atender a todos.
A consequência foi trágica: segundo o médico Manoel Nobre, então diretor médico da unidade, três bebês morreram por não ter onde nascer.
Agora o papel se inverteu, com uma diferença, o Hospital Maternidade Almeida Castro tem mais estrutura e espaço, mas não o suficiente para atender a demanda.
Daí a preocupação do prefeito Francisco José Junior.