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MOSSORÓ
Da redação
03/07/2016 08:18
Atualizado
13/12/2018 21:51

Direção cobra do Governo melhores condições para manter HRTM funcionando

Em relatório entregue pessoalmente à secretária estadual de Saúde, Jarbas Mariano elenca as principais dificuldades enfrentadas no Hospital Tarcísio Maia. Entre elas, a falta de pessoal e insumos
Cezar Alves

O Hospital Regional Tarcísio Maia está em situação crítica. Faltam principalmente enfermeiros, médicos, insumos, medicamentos e aparelhos para conseguir atender a demanda dos 64 municípios da região Oeste do Rio Grande do Norte, onde moram cerca de 800 mil habitantes.

O diretor geral Jarbas Mariano confirmou o quadro, que já havia sido denunciado, de forma um tanto exagerada, pela Comissão de Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil. Veja AQUI. Este relatório da OAB, inclusive, foi apurado pela direção e esclarecido. Veja AQUI.

Deste relatório da OAB foi confeccionado outro, dentro da realidade do HRTM, para solicitar ao Governo do Estado providências principalmente no que se refere a recursos humanos, o aparelho do tomógrafo, aportes financeiros para custear a manutenção básica da unidade, além, é claro, da regularização do envio de medicamentos e insumos.

O MOSSORÓ HOJE teve acesso aos principais pontos solicitados pela direção geral para o Hospital Tarcísio Maia funcionar.

O primeiro ponto é com relação a pessoal. Falta médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, entre outros profissionais, para complementar as escalas o HRTM. Neste ponto, a direção está solicitando que o Governo do Estado transfira para o HRTM aqueles servidores da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) que estão parados em outras unidades de saúde de Mossoró.

Observando o quadro de pessoal na Sesap, consta que no Hospital Rafael Fernandes, que atualmente interna 12 pacientes (média), tem mais psicólogos do que no HRTM, que interna em média 200 pacientes. A direção pede que a SESAP corrija esta distorção.

O mesmo com relação a outras especialidades médicas, como, por exemplo, pediatria. Falta pediatra para completar a escala mensal no HRTM e tem pediatra lotado no Hospital Rafael Fernandes, que não tem pediatria. No caso, o MOSSORÓ HOJE descobriu que, entre os pediatras, está lotada no Rafael Fernandes a ex-governadora Rosalba Ciarlini.

Outra questão grave é que no Hospital Rafael Fernandes não tem aparelho de ultrassonografia, mas tem em seus quadros um ultrassonografista, enquanto que no HRTM tem apenas um ultrassonografista para fechar a escala mensal. O detalhe é que o ultrassonografista lotado no Rafael Fernandes recebe 40% a mais no salário do que o que trabalha no HRTM.

Já com relação aparelho de tomografia, o MOSSORÓ HOJE vem acompanhando o drama dos pacientes desde o início, em novembro de 2015, quando o fabricante condenou o uso do aparelho. Eles explicaram que o aparelho tinha nove anos de vida útil e já estava sendo usado há 17 anos. Ou seja, estava obsoleto e o condenaram.

Desde então, o HRTM ficou sem aparelho. As tomografias nos pacientes que chegam ao HRTM em situação de emergência e urgência são realizadas em hospitais conveniados do Estado, em Mossoró, num processo doloroso para o paciente e muito caro para o Governo do Estado e Prefeitura Municipal de Mossoró, através do SAMU.

A solução é o Governo do Estado comprar um aparelho novo e instalar. Este processo, conforme a assessoria do Governo do Estado, está em andamento, devendo ser concluído ainda este ano. Existem outros aparelhos que precisam ser substituídos e outros novos instalados, para oferecer aos médicos do HRTM mais segurança nos trabalhos.

O diretor geral Jarbas Mariano protocolou as reinvindicações na Secretaria Estadual de Saúde quinta-feira, dia 30. Na sexta-feira, dia 1º, Mariano explicou a situação do HRTM pessoalmente à secretaria de Saúde Eulália Alves. Também procurou os dois deputados estaduais que tiveram votos em Mossoró: Manoel Cunha Neto, o Sousa, e Galeno Torquato.

Os dois deputados declararam que, independente da questão política estadual, vão se empenhar junto com Jarbas Mariano para conseguir o básico para o HRTM funcionar. O deputado Galeno lembrou, inclusive, que obteve 12 mil votos em Mossoró e que vai fazer todo o esforço possível junto ao Governo do Estado para a situação se normalizar.

Cargo à disposição

O diretor Jarbas Mariano confirmou que no caso de o Governo do Estado não conseguir atender a lista de pedidos para o HRTM funcionar, vai pedir exoneração do cargo. Explicou que está sofrendo as consequências de décadas de descaso com o HRTM em Mossoró, junto com os demais servidores e principalmente os pacientes e acompanhantes.  “Esta lista que foi entregue ao Governo é apenas para funcionar o básico”, finaliza o diretor.

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